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[Olhares sobre o ESC2025] Luxemburgo, Israel, Sérvia e Finlândia


Olhares sobre o Festival Eurovisão 2025 termina hoje com a análise dos últimos quatro países do alinhamento da segunda semifinal: Luxemburgo, Israel, Sérvia e Finlândia.  

Cada comentador pontuou todas as canções a concurso segundo a escala de pontos da Eurovisão, e comentou um lote de canções, distribuídas aleatoriamente. 

Olhares sobre o ESC2025 - Luxemburgo


Adão Nogueira - Depois do bom regresso ao festival no ano passado, o Luxemburgo continuou por optar pela sua final nacional para seleção do seu representante, mas é importante referir que a qualidade já caiu bastante. Este ano a escolha recaiu sobre Laura Thorn e “La poupée monte le son”. Uma música com mistura de cabaret, musical e eletro-pop, que faz com que seja a proposta mais catchy do ano. Mas com isto não quer dizer que seja uma boa mistura, pois acaba por ser uma proposta muito mediana. Talvez por ser muito diferente das restantes da semifinal, consiga um resultado um bocadinho melhor do que estou à espera.

Gonçalo Canhoto Sessenta anos após a emblemática vitória de "Poupée de cire, poupée de son", Laura Thorn apresenta uma homenagem que é, ao mesmo tempo, uma reinvenção. Se a canção original retratava uma boneca que se deixava manipular como um fantoche, em "La poupée monte le son" a narrativa inverte-se e a intérprete afirma não ser uma boneca e recusando ser controlada. É o reflexo da evolução dos tempos. A proposta surpreende pela originalidade e pela sua sonoridade sofisticada, ganhando força na voz da sua carismática intérprete. Ainda que um sucesso comparável ao da vencedora de 1965 seja improvável, trata-se de uma candidatura sólida e merecedora de um lugar no lado esquerdo da tabela.

Marcelo Silva - Musicalmente, “La Poupée Monte Le Son” é uma canção pop enérgica e moderna, com influências dos anos 60, que presta homenagem à histórica vitória de France Gall em 1965 com “Poupée de cire, poupée de son”O Luxemburgo irá brindar-nos mais uma vez com uma encenação bastante polida, colorida e dinâmica. Tenho a certeza de que a performance será visualmente impactante, com uma estética marcadamente inspirada nos anos 60. Não espero um resultado demasiado ambicioso para o Luxemburgo, contudo, a mensagem é poderosa. Resta-nos aguardar para ver o que acontece no próximo mês de maio.

Patrícia Gargaté - Costumo queixar-me quando as canções do JESC são demasiado “adultas” mas e quando um país decide levar uma canção infantil à Eurovisão dos grandes? Não tenho paciência para este lalala sem grande sumo. Cumpre a cota de canções para ir ao wc. Next!

Pontuações do Luxemburgo

Adão Nogueira - 4 pontos
Alina Aleixo - 10 pontos
Emanuel Nabais - 6 pontos
Gonçalo Canhoto - 6 pontos
Hugo Sepúlveda - 4 pontos
Ivo Mendonça - 4 pontos
João Diogo - 5 pontos
Madlen Tutelian- 8 pontos
Marcelo Silva - 5 pontos
Nuno Carrilho - 6 pontos
Patrícia Gargaté - 2 pontos
Pedro Espírito Santo - 6 pontos
Rita Fonseca - 6 pontos

Total: 72 pontos

Olhares sobre o ESC2025 - Israel


Ivo Mendonça - Avaliando apenas a canção e colocando de parte outros assuntos, deixem-me que vos diga que é uma balada muito bonita e que, não sendo extraordinariamente inovadora, consegue ter um refrão que prende a atenção do espectador. E olhando para algumas das performances passadas de Israel, não me admiro nada que seja um grande momento em palco. Boa sorte.

João Diogo - O problemático Israel voltou a tentar um golpe de relações públicas. Depois de ano passado tentar levar "October Rain" a Malmo, este ano leva uma cantora que sobreviveu ao ataque terrorista perpetrado pelo Hamas. Não me deixo levar por golpes publicitários nem por falsos choros de coitadinhos. Se a canção fosse boa ouviria-a sem qualquer problema (o ano passado era das minhas favoritas). Mas a verdade é que “New Day Will Rise” não chega aos calcanhares de outras baladas deste ano e nem a adição de francês e hebraico a torna a mais interessante. E por aqui me fico que isto não é um concurso político pelos vistos.

Rita Fonseca - Todos nós sabemos que a Eurovisão é uma plataforma política, e talvez seja por isso que não consigo conectar-me tanto com esta canção. Tiro o chapéu pelo incrível potencial vocal desta artista, mas, na minha opinião, é mais do mesmo. Parece uma cópia de “Hurricane” e parece que Israel seguirá este caminho durante algum tempo. Acho interessante existir alguns versos em várias línguas, mas não vai muito além disso. Contudo, todos sabemos que marcará presença na Grande Final. 

Pedro Espírito Santo - Gostaria de ignorar o óbvio e avaliar esta canção só por si, mas mais uma vez, Israel não o deixa fazer tendo em conta a cantora escolhida, o videoclip e a letra. Não aprecio quando há instrumentalização política, e é óbvio que há este ano, tal como ano passado. Vou tentar: a canção é uma balada forte, com uma estrutura clássica, muito bem cantada. Penso que ganha a semi-final mas na final será prejudicada pelo júri.

Pontuações de Israel

Adão Nogueira - 8 pontos
Alina Aleixo - 10 pontos
Emanuel Nabais - 7 pontos
Gonçalo Canhoto - 6 pontos
Hugo Sepúlveda - 5 pontos
Ivo Mendonça - 7 pontos
João Diogo - 6 pontos
Madlen Tutelian- 2 pontos
Marcelo Silva - 5 pontos
Nuno Carrilho - 10 pontos
Patrícia Gargaté - 1 ponto
Pedro Espírito Santo - 7 pontos
Rita Fonseca - 1 ponto

Total: 75 pontos

Olhares sobre o ESC2025 - Sérvia


Alina Aleixo - Uma balada lindíssima, de qualidade, cantada por uma voz incrível e com emoção. O refrão fica-me no ouvido sempre que a ouço. Sei que esta não é das favoritas do público eurovisivo em geral, mas creio que a Sérvia não deve ficar envergonhada caso não se qualifique, porque apresentou uma belíssima canção e não fez má figura. A meu ver, merece ir à final.

Emanuel Nabais - A proposta sérvia encaixava-se perfeitamente no alinhamento da Eurovisão de 2005. No entanto, não sei se é pelo fraquinho que tenho pelas chamadas balkan ballads, ou se é apenas nostalgia, mas não desgosto de "Mila". A verdade é que, ao contrário de anos anteriores, a final nacional do país foi fraquíssima, e qualquer escolha que tivessem feito ficaria aquém. Apesar de achar que é uma proposta decente, não me parece que mereça passar à final, e acredito que será esse o destino da Sérvia na edição deste ano. Tanto Luke Black como Teya Dora tinham canções bastante superiores, e para minha surpresa escaparam por um triz. Mas enquanto há vida há esperança. 

Hugo Sepúlveda - Sérvia traz-nos “Mila”, aquela típica balada balcânica carregada de sentimento que, não sendo uma “obra-prima”, é sempre agradável de se ouvir. Princ tem uma boa voz e faz uma bela interpretação, no entanto, sinto que falta uma certa autenticidade à canção. Até a podemos ouvir até ao fim, mas falta ali aquele toque que nos faça sentir toda a emoção que  é retratada. Para o palco do ESC, espero que Princ faça uma actuação mais polida e sólida, já que na final nacional foi demasiado dramática e com muita coisa a acontecer. Ainda assim, acredito que chegará à final!

Madlen Tutelian - Infelizmente, a ótima série de músicas da Sérvia chega ao seu fim. Em geral, as baladas dos Balcãs estão entre as minhas preferidas, mas com "Mila" não sinto absolutamente nada. Nem sequer o rei dos Balcãs Zeljko Joksimovic consegue salvar esta participação com a sua produção. Acho que já é tempo da Sérvia ficar na semifinal para poder voltar mais forte e com mais criatividade.

Pontuações da Sérvia

Adão Nogueira - 3 pontos
Alina Aleixo - 10 pontos
Emanuel Nabais - 6 pontos
Gonçalo Canhoto - 5 pontos
Hugo Sepúlveda - 4 pontos
Ivo Mendonça - 4 pontos
João Diogo - 3 pontos
Madlen Tutelian- 3 pontos
Marcelo Silva - 2 pontos
Nuno Carrilho - 7 pontos
Patrícia Gargaté - 5 pontos
Pedro Espírito Santo - 5 pontos
Rita Fonseca - 6 pontos

Total: 63 pontos

Olhares sobre o ESC2025 - Finlândia


Adão Nogueira - Chegamos a uma das piores finais nacionais do ano. Não havia nada por onde se pegasse, talvez por todos já estarem à espera de quem seria a vencedora. "Ich komme", interpretada por Erika Vikman, teve uma votação esmagadora por parte do público, mas tem gerado muitas opiniões controversas. Adorada por uma grande parte dos eurofãs, devido à sua falta de mensagem apesar da letra provocadora, associada à prestação também provocadora da intérprete só porque sim, faz com que no final nada seja memorável pois acaba por carecer de profundidade emocional e musical. O facto de o título ser em alemão enquanto toda a letra é em finlandês acaba por levar a mais confusão do que interesse, parecendo tudo um pouco desarticulado.

Gonçalo Canhoto Erika Vikman regressa à Eurovisão em busca da desforra por 2020 e fá-lo mais forte do que nunca. “ICH KOMME” é uma proposta ousada, sensual e, acima de tudo, viciante. Trata-se de uma produção irrepreensível e cujo refrão, já de si memorável, ganha ainda mais força com o coro que repete em uníssono o título em alemão. À medida que a canção avança, a intensidade cresce, culminando num final súbito e eficaz, que a torna inesquecível. A Erika é uma estrela e tem uma presença em palco completamente arrebatadora, destacando-se facilmente das restantes propostas já conhecidas este ano. Depois do erro da edição passada, a Finlândia volta a apostar na qualidade e candidata-se a voltar (merecidamente) ao top 5 do concurso.

Marcelo Silva - “Ich komme”, interpretada por Erika Vikman, a tão aguardada Erika, finalmente! Musicalmente, “Ich komme” é uma fusão de disco finlandês e música eletrónica, com uma produção moderna que remete à estética dos anos 80. A letra aborda temas de prazer e libertação, utilizando metáforas e duplos sentidos para transmitir uma mensagem de empoderamento feminino. A atuação de Erika é uma das mais aguardadas do ano. Um estádio inteiro a gritar “Ich komme” — só mesmo no palco eurovisivo! Creio que a Finlândia irá apostar fortemente no apelo ao voto do telespectador.

Nuno Carrilho - Gosto de tudo! A irreverência, a sensualidade, a ousadia... até o mostrar que nem tudo é igual neste mundo para homens e mulheres! É viciante e tem tudo para fechar a semifinal em GRANDE. Se lutará pela vitória? Não acredito... mas acredito que possa fazer estragos nos resultados finais.

Patrícia Gargaté - - Icónica, diva e já uma lenda no panorama Eurovisivo. A Erika é um pacote completo e traz uma canção claramente de cariz sexual (ou sensual como preferirem), quase em jeito de hino. Um refrão repetitivo e super cativante que tem tudo para deixar a arena a vibrar. Picante demais para uns, arrojada para outros, acredito que não vá deixar ninguém indiferente. A Austrália que aprenda um pouco aqui como abordar a mesma temática sem ser creepy!

Pontuações da Finlândia

Adão Nogueira - 1 ponto
Alina Aleixo - 1 ponto
Emanuel Nabais - 12 pontos
Gonçalo Canhoto - 8 pontos
Hugo Sepúlveda - 10 pontos
Ivo Mendonça - 8 pontos
João Diogo - 7 pontos
Madlen Tutelian- 10 pontos
Marcelo Silva - 10 pontos
Nuno Carrilho - 10 pontos
Patrícia Gargaté - 12 pontos
Pedro Espírito Santo - 6 pontos
Rita Fonseca - 12 pontos

Total: 107 pontos

Olhares sobre o ESC2025 - Classificação Final

7.º Finlândia - 107 pontos
21.º Israel - 75 pontos
24.º Luxemburgo - 72 pontos
31.º Sérvia - 63 pontos

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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: ESCPORTUGAL
4 0
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  1. Anónimo23:03

    Se há quatro comentários sobre a canção israelita, se se apresenta a soma dos pontos (75) que obteve, por que não registarem-se as pontuações atribuídas por cada membro do painel, como sucede com as outras canções? Neste momento não estão indicadas e não creio que o seu registo levasse a que se tirassem conclusões sobre outras matérias que não a qualidade (ou falta de qualidade) da canção.

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  2. Dan Carv14:03

    Luxemburgo
    Temos aqui uma pequena homenagem a France Gall, que já nos deixou há alguns anos, com uma boneca a cantar uma música ligeira muito de acordo com o regime do concurso eurovisivo de antigamente. Eu aprecio muito estas cantigas e por isso dou-lhe uma pontuação a condizer com o meu estado de espírito quando oiço estas preciosidades:12 pontos
    Israel
    Novamente uma canção muito forte por parte de Israel, uma bela canção e uma grande interpretação.: 12 pontos.
    Sérvia
    Uma balada típica destes lados da Europa, nada de especial se assim se pode dizer.: 2 pontos
    Finlândia
    Como dizer, faltavam os fanfarrões que ultimamente nos têm presenteado com fantochadas: 1 ponto.

    Classificação
    1º-Israel
    2º-Luxemburgo
    3º-Sérvia
    4º-Finlândia

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  3. Dan Carv15:40

    CLASSIFICAÇÃO GERAL
    1º-Israel
    2º-Alemanha
    3º-Luxemburgo
    4º-Espanha
    5º-Grécia
    6º-Arménia
    7º-Croácia:
    8º-Noruega:
    9º-Itália
    10º-Geórgia
    11º-Irlanda
    12º-Suíça
    13º-Chipre:
    14º-Estónia:
    15º-Áustria
    16º-Sérvia
    17º-Portugal:
    18º-Ucrânia:
    19º-Islândia:
    20º-Chéquia
    21º-Suécia:
    22º-Polónia:
    23º-São Marino
    24º-Azerbaijão
    25º-Albânia
    26º-Países Baixos
    27º-Eslovénia
    28º-Bélgica
    29º-Montenegro
    30º-Austrália
    31º-Reino Unido
    32º-França
    33º-Letónia
    34º-Dinamarca
    35º-Lituânia
    36º-Finlândia
    37º-Malta

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  4. Anónimo16:22

    #embocafechadanãoentramosca

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