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[Francas Impressões] Gonçalo Tavares fala ao ESC Portugal


Gonçalo Tavares foi, como já tinha sido anunciado, o cantor escolhido para abrir esta nova iniciativa. O Gonçalo respondeu às nossas perguntas e às dos leitores e disse que está nos seus planos um regresso ao Festival da Canção. Aqui deixamos a entrevista completa:


(NC) Boa tarde Gonçalo! Desde já agradeço em nome de toda a equipa do ESC Portugal e todos os leitores, a sua disponibilidade para participar na iniciativa “Francas Impressões”.


(NC) Quando e como é que apareceu a música na sua vida?

(GT) Eu tinha 8 anos quando comecei a cantar. Cantava fado em casa da minha avó e dos meus pais em noites de festa. Depois comecei a tocar num piano antigo que existia lá em casa e a primeira música que cantei ao piano foi “Let it be” dos “Beatles”.

(NC) Depois da Banda Tribo em 1986, em 1988, participa pela 2ª vez no Festival da Canção. Como surgiu o convite para participar?

(GT) O convite surgiu por parte do José Cid, o tema era “Cai neve em Nova Iorque”, achei o tema muito bom e aceitei.

(NC) Neste ano, ganha Dora, mas a sua música tornou-se um ícone nacional. Como se sente quando ouve esta música nas rádios, 22 anos depois?

(GT) O tema “Cai neve em Nova Iorque” é sem dúvida uma grande canção. Gosto sempre muito de a ouvir. Embora não tenha gravado a versão final fica na história a minha apresentação do tema no festival.

(NC) Que recordações guarda desta edição do Festival?

(GT) Boas recordações, foi uma edição um pouco restrita com a transmissão em diferido mas como sempre, muitíssimo bem organizada pela RTP.

(NC) 22 anos depois, resolve novamente participar a um Festival da Canção. Como é que surgiu a ideia de participar?

(GT) Eu gravei em 2009 o meu 1.º álbum a solo, este álbum tem várias musicas que poderiam concorrer ao festival porque são temas com energia e refrões fortes. A ideia de concorrer surgiu naturalmente, eu sou dos que acham que o festival ainda é o que era.

(NC) Concorreu na 2ª semi-final do certame e foi uma das 12 finalistas no dia 6 de Março. Como é que se sentiu quando viu o seu nome revelado num dos envelopes?

(GT) A sensação foi muito boa. Depois de vários dias de ensaio na RTP, de meses de trabalho de estúdio, de anos de dedicação à música, passar a final do Festival da Canção foi um prémio.

(NC) 24 músicas participaram nesta edição do festival. Quais eram as suas favoritas?

(GT) Várias e houve algumas que não passaram à final que eram mesmo muito boas.

(NC) O Gonçalo na final conquistou 7 pontos (4 do júri e 3 do televoto) e viu assim adiado a sua ida ao Eurofestival. Como se sentiu?

(GT) Isso faz parte do jogo. Acho que é mais importante saber ganhar do que saber perder mas na fase final do Festival da Canção ninguém perde, somos todos finalistas e vencedores.

(NC) Que boas recordações guarda desta edição do Festival?

(GT) Imensas, boas recordações dos outros concorrentes com quem continuo a falar, da tensão dos ensaios, das votações, de não poder falhar, tudo isso me faz sentir muito vivo e feliz. Também fiquei com muito boa impressão da equipa técnica da RTP e das equipas de jornalistas que fizeram a cobertura do festival. Estão todos no meu coração.

(NC) No Festival da Canção 2010, sai vencedora a Filipa Azevedo e o seu poderoso “Há Dias Assim”, que é bastante assobiada na repetição da música. Que tem a dizer deste momento?

(GT) Lamento muito o que se passou. A Filipa é dona de uma voz incrível e a canção vencedora é sem dúvida uma grande balada.

(NC) No dia 25 de Maio, a Filipa Azevedo sobe ao palco da Eurovisão e é uma das 10 finalistas. O que achou da interpretação portuguesa?

(GT) Achei que a Filipa esteve no seu melhor. A melhor interpretação dela foi mesmo na semifinal do ESC. Sem dúvida.

(NC) Portugal pela 3ª vez consecutiva chega a uma final e porém conquista um lugar aquém das expectativas – 18.º com 43 pontos, apesar de o sistema de votação ser de 50%/50%. O que achou da classificação lusa e qual é para si, o sistema ideal de votação?

(GT) Creio que esta forma de votação é uma boa opção. A outra opção que poderia ser testada seria convidar um músico ou produtor musical de cada distrito para assistir ao espectáculo ao vivo e não na televisão. A energia de uma interpretação ao vivo nunca chega aos ecrãs da mesmo forma. Aí sim, no local, votar.

(NC) Quais eram as suas canções favoritas no ESC 2010?

(GT) Mesmo para ganhar? Roménia. É um tema que poderia ter sido escrito por mim e tem muito a ver com o estilo de musica que faço.

(NC) Nesta edição ganhou a Alemanha com o seu “Satellite”. O que achou da vitória alemã?

(GT) Não era a melhor canção para mim, mas não me chocou ter ganho.

(NC) Tem nos seus planos, voltar a concorrer a um Festival da Canção?

(GT) Claro… Há uma magia no festival da canção que se deve ter em conta. Concorrer e participar neste evento é algo estupendo.

(NC) Aqui estão as perguntas dos leitores, que foram escolhidas pela equipa do ESC Portugal:


Ana Carrilho – Como foi a sensação de subir ao palco do Campo Pequeno na final do Festival da Canção 2010?

(GT) A sensação foi extraordinária, embora esteja habituado a cantar ao vivo, a adrenalina de estar na final do Festival da Canção é muita mas passa-me assim que me sento ao piano. Estar sentado ao piano para mim funciona como algo que me protege, o resto é deixar ir porque é natural.

Pedro Bastos – Onde se inspirou para escrever os “Rios”?

(GT) Numa linha de baixo. Tudo começou com isso, depois o refrão que surgiu naturalmente e a letra. Não consigo compor em esforço, os temas saem naturalmente e a horas inimagináveis. Tenho temas que compus a conduzir e outros que acordei a cantar.

Odete Colaço – Com quantos anos começaste a cantar e a compor músicas?

(GT) Compus a minha primeira música com 13 anos. No piano antigo lá de casa. Depois li muito, ouvi muita música e isso é importante para delinearmos a nossa linha de composição. Admito que não componho temas de raiz portuguesa... eu sou um bocadinho pró abba, Chicago, Beatles... adoro estas bandas e também sou fã de Amália, Camané, Fausto, Manel Cruz, Clã, GNR...

(NC) Agradeço em nome da equipa do ESC portugal e de todos os leitores, a sua disponibilidade e simpatia por ter participado nas "Francas Impressões".


Depois de Gonçalo Tavares, vem outro artista que participou na edição de 2010 do Festival, na Semifinal 2 e na Final e que supreendeu com os 10 pontos do público. Estamos a falar de Ricardo Martins que será o entrevistado desta semana. Contamos com as vossas questões, sugestões de artistas e críticas que poderão ser enviadas pelo e-mail nunojrc@hotmail.com ou por comentário a esta notícia (se vierem identificadas). Não deixem de participar. Em breve, irão surgir novidades acerca dos artistas que vão participar.
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  1. Marinela Pintassilgo23:01

    Eta Gonçalo, isso é que é falar! Também há rios para os que não ganha o FC e isso é bom!

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  2. O Gonçalo Tavares tem bom feeling para a música.

    "Rios" é um bom tema, actual e fresco, assente numa melodia simples e despretensiosa, envolvida por uma voz doce a transbordar de optimismo. Uma boa canção para se acordar em qualquer parte do Mundo.

    É um autor, compositor e intérprete que merece o meu mais profundo respeito. Desejo muita sorte ao tema “Rios” e aos seus projectos.

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  3. Anónimo15:05

    Será que eu li bem? O gonçalo diz que a canção da Romenia 2010 é dentro do genero daquilo que ele proprio compoe...
    pergunto: compoe onde? para quem? porque nao compos nunca nada do genero para o FC?

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  4. Marinela Pintassilgo21:02

    "Será que eu li bem? O gonçalo diz que a canção da Romenia 2010 é dentro do genero daquilo que ele proprio compoe...
    pergunto: compoe onde? para quem? porque nao compos nunca nada do genero para o FC?"

    Bem visto. O Gonçalo é um pouco convencido, né?

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  5. Anónimo23:07

    Não....o Gonçalo é um grande artista! Vamos lá ajudar o esc portugal e colocar questões ao Ricardo!

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  6. Da composição ao produto final e ao desempenho em palco vai uma grande distância e um grande investimento em termos de produção e não só. "Rios" e “Playing With Fire” são, de facto, composições estilo "pop" simples, actuais, frescas, alegres, optimistas e despretensiosas…

    E não se esqueçam que o regulamento do FC impõe o idioma “Português” e que produção e os arranjos musicais definitivos de “Rios” são da responsabilidade da RTP, se não me engano, de Ramon Galarza. Há outras escolhas? Quem produziu “Playing With Fire”? Quanto é que a produção musical vale hoje numa canção?

    Deixem os artistas se expressarem. E leiam as entrelinhas!

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  7. Anónimo11:05

    E se a RTP mudasse o regulamento do FC, era bom,não era?

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