Markus Abwerzger, líder do partido de extrema-direita FPÖ, apelou à retirada da Áustria do Festival Eurovisão 2026 alegando "sérias preocupações de segurança".
A poucas semanas de ser conhecida a cidade anfitriã do Festival Eurovisão 2026, disputa que conta com Viena e Innsbruck na lista final, a Áustria conta com alguns movimentos políticos contra a realização do evento, bem como contra a participação do país no concurso internacional. Markis Abwerzger, líder do partido de extrema-direita FPÖ no estado do Tirol, apelou publicamente a retirada da Áustria do concurso internacional, alegando preocupações com segurança e polarização política.
Em declarações à agência de notícias APA, Abwerzger argumentou que o ambiente em torno da Eurovisão tornou-se "politicamente volátil" especialmente por causa do debate contínuo sobre a participação de Israel. O político apontou o que classificou como uma "atmosfera anti-Israel" crescente no festival e disse estar particularmente preocupado com possíveis protestos e ameaças à segurança durante o evento.
"Estou muito preocupado com a segurança, especialmente na cidade anfitriã" defendeu, apelando ao chanceler Christian Stocker e ao vice-chanceler e ministro da Cultura Andreas Babler para que reconsiderem o apoio à realização do evento na Áustria.
O estado federado do Tirol, terra natal de Abwerzger, conta com uma das duas finalistas na disputa para acolher a edição de 2026, com Innsbruck como cidade candidata. O político afirma temer que o festival prejudique a imagem internacional da região. "Quero que as imagens transmitidas do Tirol para o mundo sejam como a corrida de esqui de Kitzbühel, não como bandeiras do Hamas tremulando no centro de Innsbruck." Segundo Abwerzger, bandeiras do grupo extremista teriam sido vistas numa recente Parada do Orgulho em Innsbruck, algo que usa para reforçar suas críticas sobre a alegada "infiltração política radical" em eventos culturais.
Apesar das declarações de Abwerzger, muitos observadores consideram a sua postura exagerada e motivada por cálculos políticos. Até o momento, nem a emissora pública ORF nem o governo austríaco responderam diretamente às exigências do político.

Sem comentários
Enviar um comentário