Slider

[OPINIÃO] "O sorriso emocionado da Maro a meio da atuação foi dos momentos mais bonitos que já vi na Eurovisão"

A Grande Final do Festival Eurovisão 2022 aconteceu há precisamente duas semanas e, recuperado da loucura que foi esta edição, desafio-vos todos a recordarem comigo todas as atuações da gala. E que ano tão bonito que foi!


Continua a ser uma tradição e (especialmente!) este ano não poderia ser excepção: volvidas duas semanas da Grande Final do Festival Eurovisão, com o tempo suficiente para recuperar da aventura, desafio-vos a recordarem comigo aquela que foi, pelo menos para mim, uma das noites mais mágicas do meu percurso eurovisivo. Quatro anos depois de ter acompanhado in loco o Festival Eurovisão em Lisboa e depois do treino que foi acompanhar em versão remota a edição de Roterdão, aventurei-me, em nome e para com o ESCPORTUGAL, em acompanhar o Eurovision Song Contest 2022 na cidade italiana de Turim (será que Turim já descobriu que recebeu a Eurovisão?).

E se estava nervoso para o resultado da semifinal de Portugal (admito que estive sempre convencido do nosso apuramento desde março... mas no dia os nervos eram mais que muitos), vivi a Grande Final do Festival Eurovisão 2022 em pleno Eurovillage com uma calma que há muito não tinha... até chegar ao arranque da votação. Mas já lá vamos!

Agora, antes de arrancar com a maratona de canções, que, tal como nos anos anteriores, irei recordar pela ordem em que subiram ao palco do Pala Olimpico (com excepção para "saudade, saudade", que deixarei para o fim), quero fazer umas pequenas menções a vários pontos extra-competição. Nota máxima para o trio de apresentadores: se, aquando do arranque dos ensaios gerais, tive algum receio da dinâmica e empatia entre os três apresentadores, todas as dúvidas foram desfeitas na primeira semifinal e tudo melhorava a cada gala. A própria confusão característica dos italianos marcou presença no trio e, para mim, tiveram dos melhores momentos dos últimos anos. Destaque também para as atuações de Laura Pausini e Mika, que apenas pecaram por serem em playback, e nota mais que positiva para a atuação de Gigliola Cinquetti: que momento emocionante. Em contra partida, nota menos positiva para a prestação dos Maneskin... E, antes que perguntem, nem vou mencionar aquele mamarracho em formato de sol que estava em palco. Nem vale a pena (mas gostei muito da green room!). E que comecem as canções...

A República Checa teve a árdua tarefa de abrir o alinhamento da gala. Nunca fui propriamente fã de "Lights Off" e, apesar de ter achado que foi um dos melhores desempenhos da semifinal, a atuação dos We Are Domi passou-me completamente ao lado na Grande Final, tornando-se esquecível ao final de apenas alguns minutos (o que fez com que não me chocasse com o resultado final). Além disso, achei a vocalista do grupo muito aquém do que vimos anteriormente, ainda que não tenha um grande historial de boas ou fortes interpretações... Foi fraquinho, tenho de admitir!

Desde a vitória do WRS no Selectia Nationala, nunca escondi que a Roménia trazia uma das minhas canções favoritas desta edição do Festival Eurovisão 2022. Ainda que sobre um quase gozo constante sempre mantive a esperança do apuramento de "Llámame" para a Grande Final, mesmo que esteja longe (muito longe) daquilo que consideramos uma boa canção (mesmo que esse conceito seja bastante vago)... e felizmente o apuramento aconteceu. Com o refrão mais viciante do ano (Hola mibebebe, hola mi bebebee uma das canções mais animadas da noite, na minha opinião, a Roménia teria ficado bem melhor classificada do que realmenfe ficou... mas aceito (que remédio tenho eu!) e, acima de tudo, entendo a classificação.

E seguiu-se Portugal no alinhamento... E chorei chorei chorei durante aqueles três minutos que, na minha opinião, foram dos mais bonitos que já tivemos no Festival Eurovisão. Mas conto-vos daqui a pouco.

Depois da calma e da nostalgia trazida por Portugal, o palco do Festival Eurovisão revestiu-se de amarelo e preto para receber os representantes da Finlândia. Donos de uma grande carreira (que já teve melhores dias, sejamos sinceros), os anos de palco dos The Rasmus foram notórios durante toda a interpretação de "Jezebel", com o vocalista a puxar pelo público como nenhum outro fez... Se gostei da atuação? Gostei... Mas se esperava mais? Sim esperava, pois a concretização da atuação ficou muito aquém daquilo que esperava do grupo e, especialmente, da Finlândia. Ainda assim, "Jezebel" continua a ser das minhas canções favoritas desse ano de 2022!

Ao longo dos anos em que acompanho a Eurovisão, o meu coração tem sido posto à prova durante várias ocasiões. Mas sofrer como sofreu quando vi o apuramento da Suíça para a Grande Final, há muito que não acontecia! "Boys Do Cry" não é uma má canção e, por muito que não simpatize com o intérprete, tenho de admitir que houve um trabalho muito bem conseguido na encenação do tema para o palco eurovisivo. Contudo, não haveria melhores propostas para irem à Final? Eu acho que havia e facilmente enumerava várias... Se calhar, daqui a umas semanas, quando estiver no mood certo para a canção, passarei a gostar de "Boys Do Cry". Por agora é a canção que menos gosto do lote de finalistas e teria sido o meu último classificado da gala. Nada contra... apenas não gosto.

Com o segundo lugar em Roterdão, as minhas expectativas para a participação de França em Turim eram enormes... mas a montanha pariu um rato. E tudo começou com a realização da final nacional, cujo lote de participantes deixou muito a desejar e que parece ter sido feita em cima do joelho. A escolha foi "Fulenn" e até era das canções que mais gostava antes das atuações em Turim... Sejamos sinceros: toda a atuação foi uma confusão! Das luzes verdes aos planos giratórios, passando pela escadaria em pedra e dos caldeirões de fogo, tudo acontecia em palco ao mesmo tempo e o potencial da canção acabou perdido no meio daquela confusão toda. Se a canção merecia o penúltimo lugar? Não, mas o trabalho que vimos em casa sim...

Os enigmáticos Subwoolfer, representantes da Noruega, seguiram-se no alinhamento com a melhor proposta possível depois da confusão francesa. Com uma das canções mais divertidas e animadas da edição, os lobos noruegueses cumpriram a sua principal missão que era animar todos os presentes, levando a maioria do público a replicar a sua coreografia. Admito que esperava uma melhor classificação da Noruega mas, depois do alinhamento da Grande Final, sinto que acabou por passar um tanto despercebida... 

Nunca entendi o hype em torno da canção da Arménia que, para mim, sempre foi uma das canções mais chatinhas da edição. Ainda que a minha relação com a canção tenha melhorado ao ouvi-la ao vivo, ainda estou para perceber a necessidade daquela atuação... A atuação está bem conseguida mas, para mim, "Snap" pedia algo diferente, algo mais simples e mais centrado na cantora. Mas isto é apenas a minha opinião... Outra das canções que não gosto, se calhar por não estar no mood necessário para gostar.

Ano após ano, Itália figura nos lugares mais altos do meu top eurovisivo (a única excepção foi 2021... ironia das ironias) e, este ano, "Brividi" voou para a liderança logo após a vitória no Festival di Sanremo de onde não saiu... até ao arranque da Grande Final (calma que só passou para o 2.º lugar). A magia de "Brividi" esvaneceu-se um pouco com a atuação em Turim, mas ouvir milhares e milhares de pessoas a cantarem em conjunto com o Mahmood e o Blanco foi dos melhores momentos da minha vida... Foram merecedores da classificação que obtiveram ainda que, na minha opinião, teriam ficado um pouco mais acima. Um dos momentos mais bonitos da edição!

E seguiu-se Espanha... Sempre fui muito cauteloso sobre as expectativas para o resultado de Chanel em Turim até ao momento em que, em pleno Aeroporto de Barcelona, assistimos ao ensaio individual de "SloMo". E a receita de nuestros hermanos não foi assim tão complexa: tornaram algo que já era bom em algo melhor ainda, com a introdução de elementos que tornaram a canção menos internacional e mais espanhola e provando que o fanatismo descontrolado nas redes sociais vale o que vale. Atrevo-me a dizer que Espanha teve a atuação mais bem conseguida da noite e, para mim, teria sido a justa vencedora do Festival Eurovisão 2022. Que este seja apenas o início de uma nova era de Espanha na Eurovisão que nuestros hermanos merecem! BRAVO!

A calma S10 teve a tarefa de subir ao palco depois de Chanel ter colocado a arena ao rubro. E os Países Baixos voltaram a provar que sabem jogar ao jogo da Eurovisão depois de terem sido dos piores jogadores durante anos sem fio... Com uma das melhores canções do ano e com o bónus de ser interpretada na sua língua materna, "De Diepte" pedia uma atuação simples mas o país parece ter levado isto longe de mais. No entanto, nos diretos, vimos algo que não tinhamos visto nos ensaios: a emoção da cantora a dar voz ao tema, que foi um dos pontos mais fortes de toda a prestação. Para mim teria ficado no top5 da noite!

Falar da Ucrânia é complicado... Desde o primeiro dia em Turim que tinha a certeza que "Stefania" seria a vencedora do Festival Eurovisão tal era o ambiente de união entre os diversos participantes sobre a situação que o país vive atualmente. Se acho que foi uma vitória política? Não acho, mas sinto que foi uma vitória de compaixão e de união europeia, factores que estiveram na génese do Festival Eurovisão. Não sou hipócrita ao ponto de dizer que o país venceria facilmente sem o conflito que existe atualmente, mas claramente que estaria num lugar de grande destaque... O que foi visto após a vitória ucraniana fez-me ter fé na humanidade e na união entre os povos, porque a Eurovisão é muito mais do que uma competição: é um espaço de partilha, um espaço de união e um espaço de liberdade! Slava Ukraini!

E com o lugar intermédio do alinhamento ficou a canção da Alemanha, país que continua a viver a pior série de resultados da sua história. Malik Harris subiu sozinho ao palco do Festival Eurovisão com a canção menos competitiva da noite e que injustamente ficou no último lugar... "Rockstars" é uma canção bastante agradável, mas que não teve pedalada para se impôr perante a concorrência. Não era a pior, mas no final das contas ficou esquecida no último lugar... Colocaria o país mais acima na tabela classificativa, mas pode ser que este seja o verdadeiro sinal para que a Alemanha comece a encarar o Festival Eurovisão como já o fez noutros anos.

A abrir a segunda parte da gala, eis a Lituânia. E se "Sentimentai" nunca me disse rigorosamente nada durante a pré-temporada eurovisiva, tudo mudou com a atuação da semifinal... A descontração de Monika Liu e o seu namoro de câmaras foi do melhor que vimos em palco e que elevou em muito o potencial da canção, que foi a primeira em lituano desde 1994. E se ao vivo foi bom, ver depois na televisão foi melhor ainda, sendo das atuações que melhor resultou com a realização! Para mim, a Lituânia foi a melhor surpresa no Festival Eurovisão 2022 e colocaria o país no meu top10 atual.

O Azerbaijão apostou numa grande voz para o Festival Eurovisão 2022, é um facto. Mas uma grande voz que transmite zero naturalidade e que me diz rigorosamente nada... Mas a uma grande voz juntaram uma grande canção, mas que também não me dizia nada. Ah e por fim trouxeram uma atuação copiada de 2013, mas com um orçamento muito restrito, que, adivinhem... não me diz nada. Acabou por ser um dos momentos mais aborrecidos da Grande Final e facilmente mencionava 2 ou 3 países eliminados que mereciam muito mais este lugar no alinhamento... Para mim teria ficado nos últimos lugares da gala (e ainda estou para entender os vários doze pontos que recebeu).

E seguimos para a Bélgica, cuja canção me passou despercebida durante toda a pré-temporada (e durante a temporada também). Admito que "Miss You" é uma boa canção e com potencial para um grande resultado e que Jérémie Makiese é detentor de uma grande voz... mas as duas não combinavam e, em diversos momentos, pareceu-me ver o cantor bastante desconfortável com a interpretação. A atuação também ficou muito aquém do potencial que tinha para dar e, mesmo assim, a Bélgica ficou bem acima do lugar que, para mim, merecia. Dois minutos depois, nem me lembrava da Bélgica...

Da Grécia veio outra das canções que apenas me tocou na semana eurovisiva, mas que depressa ganhou um lugar de grande destaque no meu top. Apesar de ter gostado (bem mais) da atuação na semifinal, onde me pareceu estar bem mais segura, Amanda Tenfjord fez uma interpretação arrepiante de "Die Together" e onde a sua frieza foi um ponto de destaque. Teve um lugar bastante merecido, ainda que não tenha tido o destaque que merecia no público. E outro aparte: tive a sorte de conhecer a Amanda em Turim num dos passeios pela cidade que, conforme viu que eramos portugueses, disse que "saudade, saudade" era uma das suas canções favoritas!

Outra das surpresas no que diz respeito aos apurados das semifinais veio da Islândia. Longe (mas muito longe mesmo) de ser das minhas canções favoritas, "Með Hækkandi Sól" até se tornou das canções mais agradáveis de ouvir dentro do lote das finalistas. Não a acho uma má canção, mas toda a canção é marcada por uma monotonia e sem qualquer ponto de destaque. Ponto positivo para a descontração das intérpretes e pela boa onda que passou... Já vimos a Islândia a fazer muito melhor!

E se houve surpresa na Eurovisão deste ano, esta surpresa veio da Moldávia. Surpresa salvo seja: era previsível que os Zdob si Zdub e os Advahov Brothers tivessem uma das atuações mais animadas do ano, mas longe estava de pensar que seria o sucesso que foi... Além de ter sido a segunda canção mais votada pelo público, a canção da Moldávia não deixou ninguém indeferente, quer na arena quer fora dela, animando quem gostava... e quem não gostava também. Com uma componente étnica bastante presente, a canção disparou para um top10 que achava praticamente impossível pelas expectativas que havia criado na atuação. Dos momentos mais animados do ano!

A Suécia é dos poucos países que nunca entra para alcançar os mínimos: entra para vencer. E este ano não foi excepção. "Hold Me Closer" é das melhores canções que a Suécia enviou ao Festival Eurovisão nos últimos anos e que me fez acreditar que seria em 2022 que a Irlanda seria igualada no topo dos vitoriosos. Contudo, a prestação de Cornelia Jakobs, que sofreu alguns ajustes que a melhoraram e que piscaram o olho ao voto do júri, não teve potencial para competir pela vitória, mas que mostrou que esta é a Suécia que queremos ver nos próximos ano. Num concurso apenas e só de canções, esta seria uma justa vencedora!

Aquando da escolha de "Not The Same" para o Festival Eurovisão 2022, a canção da Austrália tornou-se numa das minhas favoritas... ainda que só tenha durado alguns dias. O impacto inicial da canção de Sheldon Riley esvaneceu-se e a cada vez que via a atuação, menos interesse tinha na canção... Não é uma má canção, mas tresanda a teatralidade e a falsidade (talvez não seja a palavra mais indicada, mas não sinto qualquer verdade na interpretação do artista. Percebo que toda a atuação tenha alguma simbologia ou significado, mas para mim é tudo too much... E como foi too much a classificação que teve.

E eis a canção que mais luta me deu durante a temporada eurovisiva. Desde o anúncio da canção do Reino Unido que se multiplicava os comentários a elogiar a canção de Sam Ryder: eu ouvia... e nada, simplesmente nada. Não desgosto da canção, apenas não me diz rigorosamente nada. E acreditem: tentei várias vezes. É uma grande canção, uma das mais radio friendly da edição, e o Sam é, de longe, o melhor cantor da edição... mas não me diz nada! Não a colocaria no segundo lugar, ainda que seja uma justa merecedora do top10 (como podem ver daqui a pouco), mas acima de tudo gostei de ver o Reino Unido a ter um grande resultado e a caírem por terra todas as teorias de que a Europa não gosta do Reino Unido na Eurovisão. Que o sucesso se repita nos próximos anos... mas com algo que eu goste realmente!

Outras das canções que, durante muito tempo, figurou no meu top10 da edição. "River", a canção da Polónia, sempre teve um lugar de destaque nas minhas preferências, sendo interpretada por uma das grandes vozes do momento no país... Contudo, outra canção que caiu no mesmo erro da Austrália: muita teatralidade e pouca naturalidade. A mensagem que Ochman tentou passar com aquela atuação era notória, mas aqueles dementors da Wish causaram-me alguma confusão durante toda a prestação. No fim, acabou por me saber a pouco e acabei por colocar a Polónia fora dos meus dez favoritos.

BIT BIT BIT BIT ZDRAVA! É impossível ficar indiferente à canção da Sérvia! Podemos amar, podemos odiar: mas ficar indiferente é impossível. E desengane-se quem pensa que é uma joke entry, porque a mensagem que "In Corpore Sano" levou a Turim foi das mais importantes do ano e os primeiros efeitos parecem estar a aparecer na Sérvia. Em palco, Konstrakta trouxe aquilo que esperavamos: uma atuação centrada no seu lava mãos com o coro em seu redor, ainda que esperava mais alguma interação entre os vários elementos. A reação do público à canção foi sem dúvida o ponto alto de toda a atuação. Muito bom! Ah e bit bit bit bit zdrava!

A Estónia teve a díficil tarefa de encerrar a ordem de atuação deste ano. Se em vários momentos coloquei em dúvida o apuramento de "Hope" para a Grande Final, na última atuação Stefan mostrou a razão porque mereceu o voto e a presença na derradeira gala. Uma canção descontraída e bem defendida, em que o cantor conseguiu interagir com as câmaras e com o público presente. Talvez das atuações mais descontraídas da noite e que tanta falta fazem na Eurovisão ano após ano.

E terminado o desfile das canções, eis chegado o momento de falar da nossa participação no Festival Eurovisão 2022 (e que orgulho tenho em dizer "nossa")! Nunca escondi que "saudade, saudade" não era a minha canção favorita no Festival da Canção 2022: aliás, em todos os meus anos de Eurovisão, nunca ganhou a minha favorita. Contudo, desde o primeiro dia, que passou a ser a minha canção no Festival Eurovisão 2022. E talvez nunca tenha havido uma participação nossa com que me tenha identificado tanto como esta "saudade, saudade". 

Sempre fui um defensor do uso único do português e  um feroz crítico das canções bilingues, mas vejo em "saudade, saudade" uma conjugação das duas línguas como nunca vi no concurso: porque se, com o inglês, Maro internacionalizou a mensagem superficial da canção, é na parte em português que temos a verdadeira mensagem da canção. E que bonita e verdadeira foi a nossa atuação! As trocas de olhares entre as várias artistas e a interação que, mesmo não sendo vísivel, passou para todos arrepiavam-me sempre que via a atuação (e sim, chorei em todas... todas mesmo!). E há um momento que me ficará para sempre: o sorriso emocionado da Maro a olhar para o público a meio da atuação foi dos momentos mais bonitos que já vi no Festival Eurovisão! 

Que orgulho na nossa participação! Que orgulho nas nossas representantes! Eue orgulho em Portugal e em todos os portugueses que vibraram com esta nossa conquista, onde insiro também os comentadores italianos e a Laura Pausini que vibraram como se fossem nossos. Porque até podem não ser portugueses de nacionalidade, mas durante os três minutos da "saudade, saudade", todos os que sentiram a verdadeira mensagem... foram portugueses, mesmo sem saberem! Foi lindo!

E pronto! Passadas duas semanas da Grande Final, eis o meu top 25 do Festival Eurovisão 2022, onde tive o cuidado de ter em conta todos os factores para além do meu gosto pessoal:

1. Espanha
2. Itália
3. Suécia
4. Países Baixos
5. Lituânia
6. Sérvia
7. Portugal
8. Ucrânia
9. Grécia
10. Reino Unido

11. Estónia
12. Roménia
13. Polónia
14. Noruega
15. Moldávia
16. Finlândia
17. Alemanha
18. Islândia
19. República Checa
20. França
21. Arménia
22. Bélgica
23. Austrália
24. Azerbaijão 
25. Suíça

Agora é tempo de virar a página de 2022, uma das páginas mais bonitas das minhas aventuras eurovisivas. Um ano em que tive a oportunidade de viver uma Eurovisão ao vivo numa cidade que para sempre ficará na minha memória. Um ano em que venceu a união e a compaixão por um povo e por um país que vive dos piores pesadelos da sua história. Um ano em que a nossa representante cantou algo que nos toca tanto a todos: a saudade de alguém que perdemos. Foi um ano tão bonito! E que bonito foi ter podido, mais uma vez, partilhar toda a minha alegria com todos vós! E tanto que aprendemos nestes meses!

Obrigado a todos mais uma vez! E que venha 2023!

Nuno Carrilho

Este e outros artigos também no nosso FacebookTwitter e Instagram. Visite já!
Fonte: OPINIÃO /Imagem: Google /Vídeo: Youtube
4
( Hide )
  1. Dan Carv14:35

    Está tudo muiito bem, uma opinião é uma opinião, eu não tenho nada para dizer contra até porque já manifestei a minha ao longo das várias semanas, mas falta aqui uma coisa que eu considero importante para mais tratando-se de um elemento do ESC Portugal. Exactamente, o nome do autor deste texto muito bem alinhavado devia de aparecer para podermos aplaudir ou contestar, o que no segundo caso não vejo grande motivo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado pelo seu comentário :)

      O artigo está assinado na última linha

      Nuno

      Eliminar
  2. Em termos de espectáculo, dou o mérito à participação espanhola, que é capaz de ter sido a melhor. Agora, quando a cantora não teve voz com força suficiente para aquele estilo de música e, inclusivamente, pareceu muitas vezes fora do tom, é preocupante ver tantos votos e elogios. Aliás, num festival de canções, os méritos musicais deviam ser sempre os principais a ser avaliados. Dá mesmo a sensação que o investimento grande na promoção da canção espanhola conseguiu comprar (e convencer as pessoas que existem) esses méritos. :(

    ResponderEliminar

Ideas

both, mystorymag

A NÃO PERDER...

TOP
© Todos os direitos reservados
Criado por Envato Personalizado por ESC Portugal - PG, 2022.