Martin Green, diretor do Festival Eurovisão da Canção, reagiu aos anúncios de retirada de alguns países do concurso devido à participação de Israel: "Espero que aqueles que não estarão presentes regressem em 2027".
Após o encerramento da sessão de hoje da Assembleia Geral da União Europeia de Radiodifusão (EBU/UER), em Genebra, marcada pela desistência de várias emissoras do Festival Eurovisão 2026 devido à decisão de permitir a participação de Israel, Martin Green – diretor do Festival Eurovisão da Canção – falou à emissora pública sueca sobre os acontecimentos e sobre o futuro imediato do concurso.
Durante a reunião, os membros da EBU tiveram oportunidade de expressar preocupações e debater o impacto político da situação. Green sublinhou que, apesar das divergências, prevaleceu a defesa da neutralidade do evento: "Como podemos ver pelo resultado expressivo, o que os uniu foi a convicção de que o Festival Eurovisão da Canção não deve ser usado como um palco político, mas sim manter um certo grau de neutralidade. Lembrem-se, não são governos que participam, são emissoras públicas e artistas.".
Questionado sobre as recentes desistências anunciadas, o diretor reconheceu a frustração de alguns membros, mas garantiu que o evento seguirá sólido e com uma participação alargada: "Alguns membros são muito apaixonados por isso, e eu respeito totalmente. Acreditamos que sejam cerca de cinco, então estimamos que cerca de 35 emissoras participarão do nosso 70.º aniversário, será um evento completo. Espero que aqueles poucos que acham que não poderão estar presentes retornem em 2027.".
Com esta previsão, o Festival Eurovisão 2026 deverá contar com cerca de três dezenas e meia de países que, a confirmar-se, será o número mais baixo desde 2003, último ano em que o formato estava reduzido à Grande Final. De realçar que, em 2025, o concurso contou com 37 países, estando já anunciado o regresso de 3 países (Bulgária, Moldávia e Roménia) e a saída de 4 (Espanha, Países Baixos, Irlanda e Eslovénia).

RIP Eurovision
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