Ernest Urtasun, ministro da Cultura de Espanha, admite a retirada do país do Festival Eurovisão 2026 devido à participação de Israel: "Não podemos normalizar a participação de Israel em fóruns internacionais como se nada estivesse a acontecer".
O ministro da Cultura espanhol, Ernest Urtasun, admitiu, esta segunda-feira, que Espanha poderá falhar o Festival Eurovisão 2026 caso a EBU/UER não decida excluir Israel da competição. "Não podemos normalizar a participação de Israel em fóruns internacionais como se nada estivesse a acontecer" defendeu em entrevista no programa La Hora no principal canal da RTVE, frisando que a emissora espanhola deveria considerar a retirada caso não haja medidas.
De realçar que, em maio passado, Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, exigiu que a EBU/UER aplicasse a Israel o mesmo critério que foi adoptado contra a Rússia após a invasão da Ucrânia: a exclusão do concurso. "O compromisso com os direitos humanos deve ser constante. Não podem existir duplos padrões na cultura" frisou.
As declarações de Urtasun acontecem dias depois do Governo espanhol ter anunciado um reforço do embargo de armas a Israel, incluindo a proibição de trânsito de aviões e navios com material de guerra, embora sem romper totalmente as relações diplomáticas. Em resposta, Israel acusou Espanha de antissemitismo e anunciou a proibição da entrada de duas ministras espanholas no país, com Espanha a retaliar com a proibição de entrada de ministros israelitas e a retirada da embaixadora do país de Telavive.

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