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Sérvia: Olivera Kovačević afastada da organização do 'Pesma za Evroviziju' após queixa formal

 Olivera Kovacevic foi afastada do cargo de editora de programas da RTS, que incluía o Pesma Za Evroviziju, após uma queixa formal de um membro do Conselho de Administração da RTS que apelidou a competição de "programa politizado".


Um dos principais rostos da emissora estatal da Sérvia (RTS), Olivera Kovacevic, foi oficialmente afastada do cargo de editora de programas especiais da RTS, função que incluía a supervisão do Pesma za Evroviziju (PzE), final nacional sérvia para o Festival Eurovisão.

A decisão surge na sequência de uma queixa formal apresentada por Predrag Azdejković, membro do Conselho de Administração da RTS, junto da União Europeia de Radiodifusão (EBU/UER). Azdejković acusou a edição de 2025 do festival de ter sido "politizada", apontando a presença de mensagens de apoio aos protestos estudantis que tomavam conta da Sérvia naquele período, em fevereiro deste ano.

Durante a competição, vários artistas fizeram gestos simbólicos de apoio às manifestações contra alegadas fraudes eleitorais, censura nos media e interferência política nas universidades. Entre esses gestos estiveram o uso de crachás, o levantamento de livros de estudante e a exibição do punho vermelho – símbolo de resistência estudantil. Um dos momentos mais comentados foi a atuação da canção "Za milion godina", que foi interpretada por muitos como um hino de solidariedade ao movimento estudantil. Além disso, vários artistas convidados e apresentadores decidiram retirar-se do evento, alegando censura e pressões políticas por parte da direção da RTS.

Azdejković, que confirmou e elogiou o afastamento de Kovačević, declarou publicamente: "Acho que esta é uma excelente notícia, pois não há lugar para fanatismo político nem abuso nos programas da RTS, especialmente no entretenimento. Que mostrem os seus punhos ensanguentados nos concertos que organizarem por conta própria – na RTS, isso não será mais permitido."

Em resposta, Olivera Kovačević emitiu um comunicado: "Fui afastada como supervisora e editora do festival Pesma za Evroviziju por decisão do diretor-geral da RTS, porque, segundo ele, desobedeci à sua ordem de impedir os participantes de expressarem apoio aos protestos estudantis. De facto, enquanto editora, recusei-me a censurar os artistas. O PzE 2025 mostrou que a RTS pode ser um espaço aberto a todos os cidadãos e que os artistas têm o direito de expressar as suas opiniões, desde que o façam com respeito."

Até ao momento, a RTS não esclareceu qual foi o envolvimento direto da EBU/UER nesta decisão, relembrando que, embora a EBU/UER supervisione o Festival Eurovisão, as finais nacionais são da exclusiva responsabilidade da emissora pública de cada país participante.

Estreante em 2007 enquanto país independente, a Sérvia conta com 17 participações no Festival Eurovisão e 13 presenças em Grandes Finais, com o melhor resultado (1.º lugar) a ser alcançado na sua estreia. Em Basileia, Princ representou o país com "Mila", tendo terminado em 14.º lugar com 28 pontos: além de falhar o apuramento para a Grande Final, esta foi a pior classificação de sempre do país nas semifinais.


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Fonte: EurovisionFun/ Imagem e Vídeo: Eurovision.tv
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