O Voz de Cidadão do último sábado foi dedicado ao Festival Eurovisão 2025, com inúmeras críticas à presença de Israel no certame, bem como do sistema de votação e dos comentadores da RTP.
Da responsabilidade da Provedora do Telespectador da RTP, Ana Sousa Dias, o programa Voz do Cidadão deste sábado, 31 de maio, foi inteiramente dedicado ao Festival Eurovisão 2025, com a provedora a iniciar o programa que "recebeu, à semelhança do ano passado, muitas mensagens de protestos contra a participação de Portugal e da RTP num festival em que esteve também Israel". Segundo Ana Sousa Dias, os protestos criticam "a televisão pública não rejeitar a participação desse país num quadro de guerra", com críticas também à EBU/UER por "incoerência", tendo a provedora do telespectadores acusado a recepção de "inúmeras mensagens exatamente iguais, numa campanha organizada".
A participação de Israel, a inclusão de aplausos falsos e o ocultar de protestos foram alguns dos tópicos mencionados por vários dos telespectadores. Em resposta, Gonçalo Madaíl, da seção Música e Artes de Palco RTP, defendeu que o "tempo vai-nos trazer um tomar de posição, com a pressão a aumentar", realçando que a RTP tomou "a sua posição dentro dos forúns que faz parte" dentro da estrutura do evento.
Durante o programa foram também mostrados os testemunhos de Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, e María Eizaguirre, uma das responsáveis da RTVE, sobre o sistema de votação do certame, com críticas à votação de Israel. "Não nos pareceu até ao momento uma questão, independentemente da causa (...)" destacou Gonçalo Madaíl sobre uma alegada fraude na votação, realçando que a votação eurovisiva é o "maior sistema de votação do Mundo", explicando parte do processo de votação que não é controlado pela RTP, mas por uma empresa externa que verifica e audita todos os votos registados. Contudo, Gonçalo Madaíl destacou a "grande mobilização" em torno da candidatura de Israel, com inúmeras publicidades e milhares de euros investidos, realçando ainda que a RTP "está muito atenta a estes processos de verificação que estão a decorrer".
As críticas dos espectadores foram dirigidas também a Nuno Galopim e José Carlos Malato, comentadores do Festival Eurovisão 2025, que são acusados de "mostrarem de forma absolutamente despudorada a sua parcialidade" aquando da votação de Israel. Gonçalo Madaíl respondeu, frisando que "não está propriamente de acordo com essas críticas, embora entenda", defendendo que os mesmos são "cautelosos e cuidadosos" com essa situação.
A falta da imparcialidade da Senhora Provedora é realmente...interessante
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