O Comité de Solidariedade com a Palestina revelou que a RTP recusou um pedido de reunião para discutir a possibilidade de apelar à exclusão de Israel do Festival Eurovisão 2025. "A Eurovisão é um evento não político (...) e a RTP tem acompanhado a evolução da situação em Israel e na Faixa de Gaza" frisou Nicolau Santos, presidente do Conselho de Administração.
Num email dirigido a várias entidades, entre elas, o ESCPORTUGAL, o Comité de Solidariedade com a Palestina revelou que dirigiu uma carta, no passado dia 5 de abril, à direção da RTP para pedir uma reunião para discutir a possibilidade da televisão pública portuguesa exigir à EBU/UER a exclusão da emissora israelita KAN do Festival Eurovisão, "em coerência com a posição tomada em 2022 em relação à Rússia".
Segundo avança a associação, o presidente do Conselho de Administração da RTP, Nicolau Santos, ignorou o pedido de reunião, frisando que "A UER é a entidade detentora e organizadora do Festival Eurovisão da Canção, considerado um evento não político, que procura celebrar a união entre os povos europeus através da música." e que a RTP "é membro da EBU e tem acompanhado com muita atenção a evolução da análise da situação em Israel e na Faixa de Gaza por parte da organização do Festival da Eurovisão". Nicolau Santos realça ainda que, até ao momento, "nenhum país decidiu não participar na edição deste ano".
De realçar que, na carta enviada à RTP, o Comité de Solidariedade com a Palestina instava a emissora portuguesa a "exigir à EBU a exclusão imediata da KAN da Eurovisão, em coerência com a posição tomada em relação à Rússia", bem como a "juntar-se a outras emissoras na apresentação de um requerimento formal à EBU, ao Grupo de Referência e ao Comité de Televisão", juntando uma lista de emissoras que poderiam co-assinar o requerimento, e a "tomar uma posição pública sobre a exclusão de Israel". A associação frisa também que na ausência de uma resposta positiva por parte da EBU/UER, a RTP "deverá demarcar-se da mesma, condenando publicamente a cumplicidade dos dirigentes da EBU e agindo em conformidade".

Já chega de tentar boicotar Israel. O problema não é Israel estar na Eurovisão, o problema é a "Palestina"* não estar lá. Mas que seria de esperar de uma população onde a grande maioria condena a comunidade LGBT+.
ResponderEliminar*Escrevo com aspas porque definir Palestina é difícil na medidade em que há dois grandes territórios isolados geograficamente, nomeadamente, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, governados de forma independente, mas apenas com um inimigo em comum, Israel, a única democracia no Médio Oriente e o único país onde a comunidade LGBT+ pode existir livremente sem medo de ser assassianada violentamente.
Sim, já se estiveres em solo palestiniano, pouco importa se és LGBT+, hetero, mulher, criança, médico, voluntário ou trabalhador humanitário. És ch*cinado à mesma. Acho piada esta tentativa de pintar Israel como um bastião de liberdade, enquanto anda a varrer bairros inteiros há decadas.
EliminarNão sei como alguém que segue a Eurovisão pode apoiar Israel, o que eles fizeram o ano passado com artistas de outros países, assediar, perseguir e apupar, é o que eles fazem com o povo Palestino à décadas.
EliminarMesmo quem é indiferente ao que se está a passar em Gaza ou na Cisjordânia, como podem aceitar o que a delegação israelita fez com a Bambie Thug, ioland, Joost, Oliver Alexander e com o Nemo? Pior ainda é a EBU não os multar como fez com as Islândia em 2019 por apenas terem mostrado a bandeira da Palestina. Esta impunidade não os revolta?
Eu acho incrível como os argumentos deste senhor contrastam de forma gritante com as decisões da própria EBU em anos anteriores. Claramente não tem acompanhado a situação com atenção suficiente ao ponto de ignorar toda a carnificina e onda de violência. Esta passividade chega a ser insultuosa, especialmente vindo de alguém neste cargo.
ResponderEliminar"Nenhum país decidiu não participar na edição deste ano", como quem diz, só vamos ponderar alguma coisa se os outros o fizerem primero. Gostava de saber do que é que têm medo? Não bastou o silêncio vergonhoso depois da tremenda falta de respeito que a EBU teve com a Iolanda no ano passado?
Não imagino que relação possa existir entre a condenação do vergonhoso sionismo do governo israelita e a defesa dos direitos LGBT(deAaZ). É vergonhosa a hipocrisia de usarmos diferentes pesos e medidas para julgarmos idênticos crimes, para avaliarmos o “preço” da vida humana.
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