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[Rumo a Roterdão] Patrik Jean: "Quando escrevi a canção soube imediatamente que tinha de vir ao Melodifestivalen'


Vencedor do concurso do ano passado enquanto compositor, Patrik Jean faz, este ano, a sua estreia no Melodifestivalen. O artista esteve à conversa com o ESCPORTUGAL na rubrica Rumo a Roterdão, onde falou da sua participação, da experiência com as The Mamas e as viagens a Portugal


A Suécia continua, amanhã, a sua caminhada para o Festival Eurovisão 2021 com a segunda semifinal do Melodifestivalen 2021. Sete artistas estão na disputa pelo acesso à Grande Final do certame, com o público a ser o responsável por todos os resultados. Depois de Eva Rydberg, o ESCPORTUGAL esteve também à conversa com Patrik Jean, semifinalista do concurso, na rubrica Rumo a Roterdão.

"Contando até este momento, tenho estado no ativo desde há cerca de sete anos. Durante um longo período de tempo, o meu maior objetivo foi escrever para outros artistas e estabelecer uma carreira como compositor. Para mim, foi uma ótima maneira para entrar com os pés na indústria. Para além disso, adoro ajudar os artistas a capturar as suas histórias e as suas mensagens nas canções. Foi, também, uma boa experiência de aprendizagem observar outras pessoas gerirem  as suas carreiras artísticas antes de dar os meus próprios passos e começar a lançar a minha própria música." começou por contar-nos o artista, revelando que o gosto pela música vem desde cedo, "Sempre sonhei, desde criança, ser cantor e apresentar as minhas próprias canções. Como tal, isso sempre esteve no horizonte. Em 2018, lancei o meu primeiro álbum, que continha as canções mais pessoais que escrevi ao longo dos anos. Desde então, continuei a lançar canções, atuei em espetáculos e construí uma plataforma para partilhar a minha história. Continuo a ser grato por poder trabalhar, todos os dias, com a minha própria paixão. Penso que não conseguiria parar agora.".

Questionado sobre quais as primeiras memórias do Festival Eurovisão e do Melodifestivalen, Patrik Jean recorda a vitória de Charlotte Perrelli em 1999, destacando a presença da artista no lote de adversários deste ano: "Recordo-me de 1999, quando Charlotte Perrelli (na altura, chamada Charlotte Nilsson), venceu o Festival Eurovisão com a canção “Take Me To Your Heaven”. Tinha cerca de 8 anos e costumava copiar os seus movimentos em frente da televisão. Sonhava, um dia, estar com os pés naquele palco. É uma loucura que, realmente, esteja aqui e agora e, mais louco ainda, que a Charlotte seja uma das participantes contra quem irei competir no Melodifestivalen. Parece que estou a  dar uma volta completa na minha vida e a regressar a um momento já vivido.".

Apesar de ser um estreante enquanto intérprete, Patrik Jean conta já com um triunfo no Melodifestivalen enquanto compositor, tendo sido um dos responsáveis por "Move": "Foi a minha primeira vez a competir enquanto compositor. Foi uma viagem tão surreal mas, ao mesmo tempo, tão bonita. As The Mamas são, apenas, pessoas e artistas incríveis. Foi uma alegria trabalhar com toda a equipa por detrás delas. Divertimo-nos imenso desde o momento da composição da canção até ao momento de vê-las naquele palco. Fico emocionado só de pensar nisso.". Contudo, a pandemia de Covid-19 impossibilitou o trio de pisar o palco do Festival Eurovisão, com Patrik a falar de uma "viagem inacabada": "É claro que foi triste o facto de não termos concluído a viagem até ao fim. Sei o quão árduo foi o trabalho de toda a equipa na preparação da atuação e sei que as The Mamas teriam feito um trabalho incrível em Roterdão. Mas também parecia ser algo expectável. Naquela altura, foi uma decisão sensata. Estávamos a poucos dias de não haver uma final nacional sueca. Por isso, estou grato por ter essas memórias para recordar e viver.".

Esta noite, Patrik Jean sobe ao palco com "Tears Run Dry", canção que levou o artista a participar no concurso deste ano: "Quando escrevemos “Tears Run Dry”, soube apenas que, imediatamente, tinha de enviar a canção. Depois de competir no ano passado enquanto compositor, ficou na minha cabeça que deveria tentar e deveria escrever algo para mim, enquanto artista. Sabia que queria escrever esta canção com os meus amigos Herman Gardarfve e Melanie Wehbe, tal como o ano passado." afirmou, descrevendo a canção como bastante pessoal, "Há muito de mim na canção “Tears Run Dry”. É uma canção emotiva, mas esperançosa. Sinto que posso mostrar um pouco de quem sou enquanto pessoa, mas também enquanto cantor. A canção está relacionada com o saborear daquele último momento com alguém, antes da pessoa se libertar e ir embora.".

Sobre a atuação em palco, Patrik Jean garante que "terá muita emoção" na prestação, descrevendo-a como "algo intimista, mas inclusiva" e "capaz de desafiar padrões e expectativas". Apesar do The Annexet, recinto que recebe a competição, estar sem público, o cantor garante que a produção não está em causa: "Penso que vai ser ótimo. Na verdade, estou feliz pelo facto de, por si só, haver uma competição. Penso que todos precisamos disto agora mesmo. Mesmo que as circunstâncias sejam diferentes, estou confiante que produzirão um espetáculo épico."

Abordado sobre a possibilidade de representar a Suécia em Roterdão, o artista garante que a canção está preparada para o público internacional: "Não mudaria nada na minha canção. Para mim, a canção já tem o seu toque internacional. Mas tenho a certeza que faríamos experiências, em termos de encenação, para vermos se haveria algo que pudéssemos alterar para atingir outro patamar, mas sem perder a essência fundamental da canção.". Além disso, Patrik garante que o impacto do legado pop na Suécia é o principal factor para os grandes resultados do país: "Ao longo dos anos, a Suécia construiu um enorme legado do género pop graças a lendas como Denniz Pop ou ABBA. Muitos de nós crescemos a ouvir essas lendas. Penso que isso fez com que muitas pessoas percebessem que escrever canções pode tornar-se numa verdadeira profissão e não apenas num sonho. Para além disso, o Festival Eurovisão da Canção, por aqui, é um grande acontecimento, quase como um feriado nacional.".

No fim da conversa, questionámos Patrik sobre Portugal e a resposta foi imediata: "É difícil esquecer a vossa vitória com a bonita canção “Amar Pelos Dois”. Penso que essa canção provocou uma grande mudança na competição e abriu caminho para um novo tipo de “canções vencedoras”." defendeu, recordando as duas viagens efetuadas a Portugal, "É um país lindíssimo e diverti-me imenso. Espero voltar muito em breve".

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Fonte: ESCPORTUGAL /Imagem: Google / Vídeo: Youtube

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