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[ZONA DE DISCOS #22] Loreen - “Ride”

Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. Esta semana o destaque vai para o mais recente disco de Loreen.
 O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.


Data de lançamento: 24 de novembro de 2017
Nota: 9/10

Se utilizarmos o critério quantitativo como medição de sucesso, 2017 não foi definitivamente o ano da Loreen, e não o foi principalmente num universo discográfico que funciona em termos comparativos, numa contínua e feroz caça aos maiores números: números de vendas, de votos, de visualizações, de streamings. Neste jogo de apanha ao número, Loreen perdeu!

A vencedora da Eurovisão, de há apenas cinco anos, não conseguiu chegar (injustamente) à final do Melodifestivalen 2017 com "Statements" e, para já, o novo álbum - “Ride” – não foi para além do #31 no top sueco (em contraste com o #1 de “Heal”, em 2012). Contudo, há outra forma de ver o trabalho artístico, analisando-o através de um (sempre discutível) prisma qualitativo. Aqui, o caso muda de figura, e vemos Loreen a concentrar-se na supremacia da sua expressividade. Embora haja espaço para a eletrónica, esta assume um caráter mais discreto ou, pelo menos, não tão abrasivo como a sua estreia, colocando-o num contorno indie, podendo ser referenciado ao lado de nomes atuais de peso, como London Grammar.

 De modo astuto e elegante, repleto de toque humano, foi assim que Loreen começou por apresentar “Ride”, através do primeiro single e tema de abertura "71 Charger". Este registo mantém-se em “Dreams”, atingindo um expoente melódico em “Jupiter Drive”, dando lugar a um momento mais intimista em “Fire Blue”. “Hate the way I love you”, o segundo single e acompanhante do lançamento do álbum, faz-nos acreditar que as palavras não são inúteis e mais uma vez testemunhamos Loreen numa profunda sinceridade apoiada num dos seus temas mais interessantes até à data. “I go ego”, apesar de ser, musicalmente falando, ser o momento mais fraco do disco e que, na nossa opinião, devia ter sido substituído por “Statements” (que não foi incluído no álbum), não se pense que a segunda parte é um elo mais fraco do disco, pois é aqui que encontramos o terceiro e atual single do álbum “Ride” (que estranhamente nos recorda os Nirvana) e “Love me America”, o momento perfeito do disco.

 “Ride” move-se confortavelmente no mundo da electrónica graciosa, mas não elimina a opção de se tornar acessível ao consumo de massas e de se converter num álbum que saberá tão bem ouvi-lo daqui a 20 anos, como em 2017! Basta querer ouvi-lo. Nós aconselhamos.

Tracklist:
'71 Charger 
 Dreams 
 Jupiter Drive 
 Fire Blue 
 Hate The Way I Love You 
 I Go Ego 
 Heart On Hold 
 Love Me America 
 Ride 
 '71 Charger (Strings Bonus Track) 


 O primeiro single: "'71 Charger"
   

 O segundo single: “Hate the way I love you”
   

 O terceiro single: “Ride”
   

 Tema destacado por Carlos Carvalho: “Love me America”
 

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Fonte: OPINIAO CARLOS CARVALHO / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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  1. Anónimo01:22

    O problema e que este tipo de musica nao vinga... E sinceramente detesto esta nova Loreen... Deveria voltar ao antigo registo e fazer musicas como Euphoria e My heart is refusing me que iria logo para o topo...

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    Respostas
    1. Anónimo16:49

      Cá eu acho que o album está TOP! Adoro o registo da Loreen no primeiro mas esta nova fase está muito interessante também. Não é tão comercial, sim, mas para comercial já basta o que ouvimos todos os dias na rádio.

      Eliminar
  2. eliel alejo21:13

    este album nao e tao comercial ,,eu particularmente gostei muito , ele mostra uma profundidade enorme,pode ate nao estar no top,mas o trabalho e maravilhoso,termos estéticos
    nao gostei muito do novo visual da lorine mas a qualidade do som achei espetacular.

    ResponderEliminar

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