A menos de 24 horas de se estrear no Söngvakeppnin, Sigríður Eir Zophoniasardóttir, integrante do grupo EVA, aceitou o desafio do ESCPORTUGAL e falou-nos da sua preparação para a final nacional islandesa.
"Somos duas pessoas bastante descontraídas e informais, algo que somos também enquanto artistas: sinceras e casuais" afirma Sigríður Eir Zophoniasardóttir, uma das duas integrantes do grupo EVA. "A música apareceu muito cedo nas nossas vidas, mas de uma forma pouco habitual. Estudámos canto quando éramos adolescentes, mas não gostámos da forma clássica de ensino. Então encontrámo-nos na Academia de Artes enquanto estudávamos teatro e descobrimos então que queríamos mesmo era tocar e fazer música, apesar de não tocarmos nenhum instrumento. Então começámos a cantar e agarrei-me a um violão e fui aprendendo aos poucos... e depois nunca mais parámos".
"Depois de nos termos formado conseguimos um emprego como diretores musicais de um espetáculo que esteve em cena durante dois anos e obtivemos uma nomeação para a melhor música por parte da Associação de Teatro da Islândia" afirma, orgulhosamente, Sigríður, relembrando que "lançámos o primeiro álbum em novembro de 2013 e desde então fizemos já imensos concertos".
Afirma ser fã de Joni Mitchell, Bob Dyllan, Ella Fitzgerald, entre muitos outros, garantindo que "ouve todos os tipos de música, quase em iguais proporções". Contudo, há alguns temas que se destacam: "Aquelas músicas que tem um toque de alma... Nada consegue ultrapassar isso". Além disso, Sigríður afirma que as duas integrantes do grupo são grandes fãs do Festival da Eurovisão e que "além de acompanharmos desde crianças, temos ambas o sonho de chegar ao evento". As festas que os pais organizavam em casa para acompanhar o evento com os amigos são das suas principais memórias.
Pela primeira vez, as duas cantoras estarão a concurso no Söngvakeppnin, sendo a primeira tentativa de ambas. Irão defender "Ég sé þig" que, segundo Sigríður, é um incentivo aos europeus sobre a crise dos refugiados: "Todas as nossas músicas têm em comum o facto de terem um significado que, para nós, é a coisa mais importante da competição. Quando decidimos fazer um tema para a Eurovisão pensámos sobre o estado da Europa e a decisão foi óbvia: precisávamos de abordar a situação dos refugiados. Deste modo, a nossa música é sobre a imagem futura da Europa, algo que está ao virar da esquina. Um mundo onde iremos comemorar as nossas diferenças e unir-mo-nos em prole delas. É um incentivo sincero a todos os europeus".
Acerca da preparação para o evento, a cantora revela que "estamos a divertir-nos imenso e vamos tentar ao máximo que todas as pessoas que ouvirem percebam a temática da nossa canção". Sobre a Eurovisão, Sigríður garante que não ponderou essa possibilidade: "Um passo de cada vez eh eh. Mas se vencermos e formos à Suécia, estou certa que teremos as melhores experiências das nossas vidas e seremos umas boas representantes da Islândia".
Confrontada sobre o inédito afastamento do país da final eurovisiva no ano passado, a cantora recusa afirmar que María Olafs falhou em palco. "Ela fez o seu melhor e isso é tudo o que podíamos exigir. Se os resultados não apareceram, foi porque não tinham de aparecer...". Acerca das anteriores participações do país, Sigríður recorda a participação de Selma em 1999 com 'All Out of Luck'.
Sobre Portugal, admite conhecer pessoalmente o nosso país: "Estive aí em adolescente e tive oportunidade de ficar uns dias! Gostei imenso do que vi". Acerca das participações portuguesas na Eurovisão, a cantora recordou a passagem de Leonor Andrade em Viena: "Lembro-me da vossa última participação. Ela tinha uma linda voz e as suas roupas fizeram-me lembrar o Batman".
Para os próximos meses, a cantora admite continuar com a rotina normal: "Vamos continuar a fazer as nossas músicas, os nossos concertos e as nossas vidas caseiras. Eu pelo menos irei continuar a trabalhar, a brincar com a minha filha, a fazer o jantar e a cantar ao vivo e enquanto cozinho", brincou.
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Fonte/Imagem: ESCPORTUGAL/ Vídeo: Youtube
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