Sin miedos! O presidente da emissora estatal espanhola RTVE, José Pablo López, apresentou esta quinta-feira, 27 de novembro, numa audição perante a Comissão Parlamentar Mista de Controlo do Congresso e do Senado, que a RTVE mantém a posição e boicotará o Festival Eurovisão 2026 caso Israel participe no concurso internacional.
"A posição da RTVE permanece inalterada: mantemos a mesma posição há meses, que é a de que a presença de Israel é insustentável... estamos a falar de um genocídio em Gaza e que a Eurovisão é uma competição, mas os direitos humanos não são uma competição" defendeu José Pablo López, realçando que "Israel violou as regras e não foi sancionado nos últimos dois anos, pelo menos. Qualquer outro país que tivesse adoptado essa prática teria sido sancionado".
Questionado sobre as recentes mudanças no regulamento da competição, o presidente da RTVE garante que, apesar das mudanças terem sido feitas "muito em conta a pressão da emissora espanhoal", estas não são suficientes e "não garantem que um governo como o de Israel, ou de qualquer outro, não possa interferir".
José Pablo López vai mais longe e questiona Martin Green, diretor do concurso, sobre o comunicado escrito pelo mesmo: "Martin Green, o diretor do Festival Eurovisão, escreveu recentemente uma carta afirmando que as redes de televisão e os artistas não representam governos e que esta é uma competição cultural. Gostaria de saber se o senhor está a considerar o regresso das emissoras russas e bielorrussas ao festival? Espero que não, porque todos sabemos que, se essas emissoras retornarem, elas o utilizarão de forma semelhante a Israel, pois para elas o concurso é muito mais do que uma simples competição e possui uma dimensão política bastante significativa. A EBU/UER reconhece que essas medidas representam um avanço, mas não são suficientes e, sobretudo, como já afirmei, deixam impunes as ações de Israel durante esse período. São necessárias mais medidas, e essa será a proposta que apresentaremos à próxima Assembleia Geral, que se realizará nos dias 4 e 5. O que pedíamos há 4 ou 5 meses é a mesma coisa que pedimos novamente hoje.".
Deste modo, a RTVE torna-se na primeira emissora a declarar publicamente que não considera suficientes as alterações às regras anunciadas para o Festival Eurovisão 2026, antevendo o voto contra na Assembleia Geral e o boicote ao concurso internacional, algo inédito na história do país.

Orgullo de nuestra televisión pública!
ResponderEliminarPéssima decisão, porque não me parece que Israel vá ser excluído.
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