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França: La Zarra acusa a delegação francesa de racismo no Festival Eurovisão 2023


La Zarra, representante francesa na Eurovisão do ano passado, acusou a delegação do país de racismo no concurso do ano passado: "Foi um inferno do início ao fim. Foi a experiência mais traumática da minha vida". Em comunicado, a France Télévisions descreve as declarações como "difamatórias e ultrajantes" e ofereceu apoio jurídico à chefe de delegação.


Com o resultado a ficar muito aquém das expectativas e das previsões, a participação de La Zarra no Festival Eurovisão 2023 acabou por ficar marcada pelo gesto da cantora na votação do público no certame, bem como a uma série de polémicas nos meses seguintes, resultando numa série de cancelamentos de concertos e no afastamento mediático da artista.

Contudo, em entrevista ao programa online Confidences, no canal de Youtube Shimah TV, a cantora voltou a causar uma enorme polémica com várias declarações sobre a participação em Liverpool. "Assim que entrei na indústria, todos os anos era convidada para participar na Eurovisão. Recusei porque venho do Quebec e lá não é transmitido o concurso (...) mas fizeram-me acreditar que seria eu a artista, o meu nome, e que a encenação seria da minha responsabilidade" começa por afirmar a cantora, admitindo que rapidamente se desiludiu, "Perguntaram-me em Setembro e a Eurovisão é só em maio. Então de setembro a maio, eu fui escrava da televisão francesa. Depois apercebi-me que tudo o que quereria apreesentar em palco, os custos seriam retirados do orçamento de marketing do meu sgeundo álbum. Foi muito díficil".

Conforme também havia sido especulado, a cantora tentou desistir da participação em Liverpool, "Quando me apercebi que me tinham mentido, que havia toda uma manipulação em meu redor, liguei para a minha gravadora e disse que não queria trabalhar mais com eles". Contudo, La Zarra foi mais longe e garante que foi vítima de racismo por parte de Alexandra Redde-Meil, chefe de delegação do país: "Recebi um telefonema dela a meio da noite completamente irritada. Ela disse-me que precisava de descolorar o cabelo: «És árabe, com o cabelo castanho pareces muito árabe, quando estás loira, pareces menos. Os franceses não gostam de árabes». Para mim isto foi racismo".

Num curto comunicado, a emissora francesa France Televisions reagiu às declarações da cantora, descrevendo-as como "difamatórias e ultrajantes", mostrando-se disponível para apoiar judicialmente todas as ações que possam ser tomadas pela chefe de delegação do país no Festival Eurovisão.


Escolhida internamente para representar França no Festival Eurovisão 2023, La Zarra defendeu "Évidemment" no certame, terminando em 16.º lugar com 104 pontos, fruto do 16.º lugar no júri (54) e o 14.º no televoto (50), recebendo 2 pontos do público português.


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Fonte: ChartsInFrance/ Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: Eurovision.tv
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  1. Anónimo14:42

    Agora, "as bandeiras que estão na agenda mediática", servem para todos os tipos de desculpa quando as coisas não correm como se queria.
    Primeira pergunta, se são assim "tão racistas", logo assim à partida, por que raio estariam a convidá-la há tanto tempo? Por masoquismo?
    E é claro que representar um país levada pelo canal televisivo que vai representar esse país obedecerá a certos requisitos que estar simplesmente livremente a responder só por si enquanto artista não acarreta.
    França não tinha mais artista nenhum? Era a única que restava e por isso tinha de ir "pôr-se o mais francesa possível" de acordo com as suas palavras? (E agora estou a lembrar-me de uma data das mais conceituadas mulheres francesas, desde a moda à representação, que têm andado desde sempre de cabelo bem escuro, sem lhes passar pela cabeça que afinal deveriam ter pintado o cabelo de louro, oh!...). Poderá ser verdade, mas não acredito porque não parece ter lógica mesmo nenhuma.
    Foi uma das minhas preferidas na Eurovisão, mas, pelos vistos, fora das alturas em que está a atuar, enfim...

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    Respostas
    1. Anónimo12:56

      já para nem falar que ela já andava com o cabelo loiro antes...

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  2. Anónimo14:17

    Coitada e infeliz. A Céline Dion veio do Quebec, Natasha St-Pierre veio do Quebec. Com esta isto foi um problema. Pena porque era das minhas favoritas
    Não vou repetir o que já foi escrito. É apenas mais uma a tentar dar nas vistas com a fórmula gasta da vitimização. Cresce pá...

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