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Portugal: Comité de Solidariedade com Palestina apela a Conan Osíris para boicotar o Festival Eurovisão 2019


Várias associações apelaram a Conan Osíris para boicotar o Festival Eurovisão 2019 em solidariedade com artistas palestinianos.


O Comité de Solidariedade com a Palestina, o SOS Racismo e as Panteras Rosa apelaram, este domingo, a Conan Osíris para não ir a Telavive representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção em solidariedade com artistas palestinianos. Numa carta enviada ao vencedor da última edição do Festival da Canção, as organizações referem que "a escassos minutos de onde terá lugar o Festival, Israel mantém um cerco ilegal a 1,8 milhões de palestinianos em Gaza, negando-lhes os direitos mais básicos." As três organizações acrescentam que "também a escassos minutos de Telavive, 2,7 milhões de palestinianos da Cisjordânia vivem aprisionados por um muro de apartheid ilegal". "Israel continua a expandir a sua colonização na Cisjordânia, com o intuito de expulsar mais famílias palestinianas, entregando assim as terras e casas confiscadas a colonos israelitas", acrescentam. 

As três organizações signatárias do apelo juntam-se ao movimento internacional de BDS - Boicote, Desinvestimento, Sanções - que denuncia o uso da cultura por Israel como instrumento de propaganda para branquear a sua imagem. Por outro lado, este movimento usa o BDS como meio não-violento de pressionar Israel a respeitar os direitos humanos da população palestiniana. São já muitos de artistas de todo o mundo que recusaram atuar em Israel enquanto o país insistir na "colonização" e no "apartheid", lembra o movimento BDS. "Reconhecemos que não é uma decisão fácil, de largar o 'glitz' e glamour da Eurovisão, mas a custo de quê? O apelo ao boicote dos artistas palestinianos, brutalizados durante décadas pelo Estado de Israel, foi seguido por centenas de artistas internacionais e portugueses, de Roger Waters aos Wolf Alice. Eles percebem que a sua arte tem o poder de ajudar a mudar a situação na Palestina, mostrando a Israel que esta ocupação tem um custo", lembra Shahd Wadi, porta-voz do Comité de Solidariedade com a Palestina. 

E acrescenta que "Israel está a usar a Eurovisão para branquear a opressão do povo palestiniano", pelo que esta "é uma oportunidade para que Conan Osiris encontre um lugar nos livros de história, juntando o seu a outros nomes ilustres nesta campanha". O movimento de boicote ao Festival da Eurovisão em Telavive lembra ainda que dois dias depois da vitória da canção israelita no Festival da Eurovisão 2018, Israel "massacrou 62 palestinianos em Gaza, incluindo seis crianças". E que nessa mesma noite, Netta Barzilai, a intérprete da canção vencedora da Eurovisão, realizou um concerto de comemoração em Telavive considerando que os israelitas tinham "motivos para estar felizes".



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Fonte: CorreiodaManhã/Imagem/Vídeo: RTP
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  1. Anónimo12:09

    Assério??? Temos que nos afastar das situações politicas creio que é o objetivo da eurovisao, unir os povos, unir pontes e nao fazer muros

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    1. Anónimo12:34

      Sim mas o problema e que Israel esta a usar a Eurovisao para passar uma boa imagem quando nao e verdade

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    2. Tens noção que do outro lado está gente que diz que Israel e os israelitas devem ser destruidos?

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  2. Anónimo12:17

    Oh Pah mas o que tem o Conan ou Portugal a ver com isso? Andam todos à batatada e depois vai o Conan com os telemóveis boicotar a Eurovisão. Vai mudar alguma coisa? Lol menos.

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    1. Anónimo13:39

      O que tem o Conan ou Portugal a ver com isso?? Tristeza de comentário. Como ser humano, consegue aceitar o que se passa na Palestina?

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    2. Anónimo20:35

      E desde quando um cantor pode mudar o curso daquilo que se passa na humanidade? Pode sim ir e transmitir uma mensagem de paz. Apelar ao amor e igualdade. Desistir? Boicotar? Só me soa a mais atritos e guerras.

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    3. Anónimo23:10

      De facto não consigo aceitar o que se passa na Palestina: a forma como as mulheres são tratadas, o ódio que é incutido às crianças, os níveis de corrupção, o desrespeito pelas minorias, homosexuais nem existem por lá...experimenta ver do outro lado da fronteira para ver se acontece o mesmo
      Sejam minimamente honestos para serem credíveis

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  3. Preparem-se, vão ver que o Conan (infelizmente) não vai a Tel Aviv...

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    1. Anónimo14:10

      Isso deixa-me extremamente nervoso, espero que não tenhamos um caso semelhante à Maruv em portugal

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  4. E a ponte com os palestinos, quem fará ?

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  5. Anónimo12:33

    Ele tem um contrato com a RTP que nao pode romper...

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  6. Anónimo12:48

    Talvez a Israel lhe saia o tiro pela culatra, que sirva para mostrar à europa os seus crimes, por mim falo, senão fosse a Netta ganhar nunca teria a noção que o governo era uma coligação de extrema-direita que apoia e é apoiado por governos de extrema-direita em todo mundo, desde o Bolsonaro a Duterte, passando por Viktor Orban e Donald Trump, sem esquecer a profunda aliança entre Israel e a Arábia Saudita, o país árabe mais conservador de todos e com as políticas mais discriminatórias sobre a mulher, todos evangelistas do ódio ao próximo .
    Como a porta-voz da votação alemã disse em 2012 a Azerbaijão "Europe is watching" e este ano é a vez de Israel

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    1. Anónimo14:58

      Ou tens um cachorro que está a precisar que lhe dês banho ou ainda não sabes também que em nenhuma análise ao sangue humano se vêem os direitos do homem, que são uma pura ficção do nosso tempo: exijo provas em contrário!

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    2. Anónimo23:15

      Hummm...mas se forem extremistas como o Irão e outros a desejarem a morte a Israel já não há problema. A parte da descriminação das mulheres e do ódio ao próximo também se pode aplicar aos palestinianos e a quase todos os países árabes. Tanto esquecimento...
      Mas se forem governos de extrema esquerda já não há problema. Vai passear à Venezuela ou à Coreia do Norte e depois vem contar como é

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    3. Anónimo23:20

      Hummm...mas se forem extremistas como o Irão e outros a desejarem a morte a Israel já não há problema. A parte da descriminação das mulheres e do ódio ao próximo também se pode aplicar aos palestinianos e a quase todos os países árabes. Tanto esquecimento...
      Mas se forem governos de extrema esquerda já não há problema. Vai passear à Venezuela ou à Coreia do Norte e depois vem contar como é

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  7. Anónimo13:07

    Espero que estas organizações apelem à seleção de futebol de Portugal para boicotar a campeonato no Qatar, se as mulheres não passarem a ter os mesmos direitos dos homens nesse país.

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    1. Olha eu que raramente comento embora aprecie ver vossas opiniões; hoje tenhou que dizer: bom raciocínio!
      Este mundo de hipocrisia... ...

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    2. Anónimo15:06

      100% de acordo!

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  8. Boicotes não resolvem nada e o mundo não pode parar para agradar às agregações políticas. Só a diplomacia poderá recolher alguns frutos salutares a favor dos objetivos desejados. E é bom que uma boa diplomacia resolva para evitar as guerras permanentes.

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  9. Anónimo13:55

    Não faz sentido nenhum porque todos os artistas que concorreram às suas finais nacionais sabiam de antemão que o ESC seria em Israel. Se não queriam ir a Israel não tivessem concorrido. Além disso não ir ao ESC é desrespeitar os fãs que votaram nele. E mais! Não ir ao ESC é boicotar a EBU e o ESC e não boicotar Israel. A EBU e o ESC nada tem que ver com a situação política do país onde se realiza. Os artistas não devem levar situações políticas a um festival. O papel de um artista é apresentar arte e não fazer política. Se o Conan não for ou se for e andar lá a mandar mensagens politicas vai desiludir imenso como artista.

    TACV

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  10. Anónimo14:02

    Alguém fale com o conan que deixe a organização EBU boicotar a edição. O Conan se o fizer eerá um desrespeito com os portugueses que gastaram dinheiro para o eleger.

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  11. Anónimo14:13

    Ucrânia 2.0, mas por razões diferentes. Oxalá me engane. Mas alguém que concorreu ignorava que o ESC se realiza em Israel?

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  12. Anónimo14:59

    Por que é que estas organizações não apelaram aos artistas (e compositores) antes de se realizar a primeira semifinal? Não sei se os artistas (o vencedor e, na desistência deste, outros) não quererão ir a Israel, mas deveriam ter pensado nisso quando pediram nas redes sociais que se votasse neles. Votou-se num representante no ESC e há que respeitar essa disponibilidade do público. Num festival apenas nacional, provavelmente mais pessoas teriam votado por Surma, mas, sabendo-se que se estava a escolher o representante em Tel Aviv (os próprios apresentadores o disseram mais de uma vez), haverá quem tenha optado por uma canção e atuação com mais impacto.

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  13. Anónimo15:43

    Conan não vai boicotar a eurovisão porque como qualquer artista, vive da propagação da sua arte pelo público, e não há melhor exposição que um evento visto por quase 200 milhões de pessoas (que Salvador Sobral o diga). Ao fazê-lo, era suicídio de carreira profissional, devido ao retorno negativo do público que o apoiou exactamente para concorrer à eurovisão

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  14. Anónimo17:49

    Eu concordaria que, à partida, não fosse permitida a participação de qualquer país ou povo que exerça qualquer tipo de violência sobre outro. A Eurovisão é uma festa, é também pela união e pela paz, percebo perfeitamente a indignação destas organizações, é mesmo obsceno, matança e festa ao mesmo tempo, mas o que acontece é que permitem que concorram, se permitem que concorram já se sabe que estão sujeitos a ganhar e a serem também organizadores e, nesse caso, já me parece muito hipócrita os boicotes, quer dizer, primeiro permite-se e depois boicota-se? Não faz sentido nenhum. O que penso é que devia mesmo, por uma questão de respeito, de humanidade, não ser permitida a participação logo à partida, ponto, aí sim concordo totalmente, agora, parece-me tardio e consequentemente hipócrita.

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  15. Anónimo18:23

    O resultado do ESC depende de uma votação de júris e de uma votação de espetadores. Israel ganhou no ano passado em consequência da soma dessas votações. Eu até não gostei muito da canção, mas reconheço que não se tratou de uma votação de países vizinhos nem creio que quem votou o tenha feito por apoio à política do país, porque no ano anterior, por exemplo, o resultado que Israel obteve foi muito modesto e a política israelita não era diferente. Mas, pegando no exemplo do futebol, acima mencionado: o país anfitrião é escolhido, ou seja, o campeonato não é organizado por quem venceu o campeonato anterior. Escolhe-se o país organizador. Onde estavam as organizações de solidariedade quando se escolheu a Rússia (2018), onde há presos políticos e não se respeitam os direitos da comunidade homossexual? Propuseram que Portugal não participasse? Não dei por isso. O Qatar, onde as mulheres são subalternizadas em relação aos homens, vai organizar em 2022. Já propuseram que Portugal boicote e a seleção não tome parte nos jogos de qualificação? Ainda não li nada nesse sentido. É por ser futebol que já se deve aceitar que os campeonatos tenham lugar em países assim?

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  16. Anónimo19:41

    Todos aqui sabemos que Israel não deveu ter ganhado, mas a EBU/UER infortunadamente não vai cambiar a sede (e menos quando faltam dois meses) e não acho que Conan vai renunciar (ele diz na conferencia de imprensa que recebeu a carta mas vai analizar tudo antes de dizer algo, em tudo caso o Nuno Galopim tera dito quando fiz as invitaçoes que o quem ganhara iria a Israel -ainda mais, Francesca Cortesão foi invitada e não só recusou mas tambem assinou carta aberta apelando o boicote)

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  17. Anónimo20:23

    Isto é hipocrisia pura. Azerbaijão, Bielorrússia ou Georgia, todos são ditaduras ou países onde as liberdades são condicionadas. Ucrânia tem uma parte do território ocupado pela Rússia. Arménia e Azerbeijão boicotam-se no ESC e as delegações até são impedidas de falar. Agora é que toda a gente se lembrou do caso de Israel? Deixemo-nos de tretas, porque toda a gente sabe qual foi o objectivo político por trás da vitória da Netta, assim como há uns anos atrás do Dima Bilan. Ele que vá lá cantar e representar Portugal. As questões políticas sempre estoveram no Festival e hãp-de estar.

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  18. Anónimo23:24

    Já estava admirado destes "defensores da liberdade" ainda não terem aparecido. Qual será a opinião deles sobre regimes como o Irão, Arábia Saudita, Turqia, Venezuela, Coreia do Norte, China...

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