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Suécia: Christer Björkman acusado de "matar" o schlager no Melodifestivalen

Depois das semifinais, o produtor do Melodifestivalen 2016, Christer Björkman, tem sido acusado de ser o responsável pelo afastamento dos temas schlager do concurso, bem como da eliminação de todos os cantores veteranos!

Através das redes sociais e dos principais media suecos, muitas têm sido as vozes dissonantes com os resultados do Melodifestivalen 2016, algo que ganhou novo fôlego com o afastamento de Linda Bengtzing e de Martin Stenmarck na última semifinal do concurso. Terminadas as semifinais, todos os temas apurados são interpretados em inglês, enquanto que todos os temas schlager e cantores veteranos foram afastados da competição, sendo que, para os fãs descontentes, o culpado é Christer Björkman, produtor do evento desde 2002.


Em entrevista ao Aftonbladet, Christer Björkman reagiu às críticas, afirmando que o público quer um novo estilo de festival: "Começámos há 15 anos com um concurso onde todas as músicas eram praticamente do mesmo género musical. Desde há uns anos que tal tem vindo a diminuir e, este ano, os telespectadores disseram que queriam um festival pop. E isto é bom". Contudo, o produtor garantiu que o estilo estava "morto no concurso", mas espera que o mesmo volte a rejuvenescer dentro de alguns anos.


Questionado sobre o afastamento de todos os cantores veteranos, o representante sueco no ESC1992 não concorda que os jovens tenham sido privilegiados: "Se um cantor tiver a combinação certa de artista e tema, acho que pode chegar tão longe quando um outro participante" afirmou, dando o exemplo de Hasse Andersson no ano passado. O produtor vai mais longe e garante que a culpa pode ter sido dos cantores: "Simplesmente, podem ter escolhido a música errada". Porém, essas declarações não agradaram aos fãs descontentes, visto que Christer é um dos responsáveis pela eleição dos temas a concurso e é conhecido que alguns dos apurados submeteram vários temas para a competição.


Contudo, alguns cantores já reagiram às declarações. Linda Bengtzing, última classificada na quarta semifinal, garante que está "disponivel para novas participações", mas acredita que os artistas mais velhos terão de olhar para o concurso de outra forma: "A partir de agora teremos de entrar no concurso com um objetivo diferente do que apenas seguir em frente! Mas sei que nem todos pensam como eu...". O representante sueco em 2005, Martin Stenmarck, concorda com a mudança de rumo do Melodifestivalen: "Concordo com essa mudança na competição. Vou ter de pensar sobre um regresso, mas não tenho medo nenhum de voltar ao palco da competição".



Produtor do evento desde 2002, Christer Björkman foi confrontado com o domínio do estilo schlager nos primeiros anos em que liderou o evento, tendo como momentos de glória as vitórias de Lena Philipsson, em 2004, de Carola, em 2006, e de Charlotte Perrelli, em 2008. Contudo, nos últimos anos, apesar do declínio, o schlager tem conquistado lugares de topo, destacando-se o terceiro lugar dos Alcazar, em 2014, e os apurados de Magnus Carlsson e Hasse Andersson em 2015.

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Fonte: Expressen/Aftonbladet/Escxtra / Imagem: ESCPortugal/ Video: Youtube
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  1. Anónimo00:56

    estes suecos realmente nao sabem valorizar o que têm... aqui em Portugal nao temos nada de musica pop no nosso festival da cançao, tudo musicas antiquadas e fora de prazo, e eles têm grandes musicas e reclamam... olha suecos nao querem trocar? ficam com o festival da cançao que tem esse tipo de musica antiquada que gostam que nos ficamos com os pops (:

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  2. Anónimo01:01

    Em Portugal temos o mesmo problema mas ao contrário , temos musicas fora do prazo no festival da canção e nunca temos musicas pops e atuais em inglês ... Algo que não atrai público jovem , ao contrário do melodifestivalen que atrai muitos jovens por ter grandes músicas atuais e comerciais

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    1. O problema é o mesmo mas ao contrário em ambos os sentidos, se é que isso faz sentido. :P Se em Portugal pode não haver uma boa comunicação com o público jovem, nunca faltou uma identidade própria (independente de bem sucedida ou não). É dos pouquíssimos países, hoje, que se identifica às cegas, em primeira audição, até por conta do idioma.

      Na Suécia, depois de muitos temas pop nos últimos anos, começa a se sentir falta de algo diferente. De certo que ninguém por lá vai reclamar das duas vitórias nesse período (uma delas pop, a outra nem tanto), mas, independente do sucesso, uma hora tudo começa a parecer mais do mesmo. Especialmente quando tantos outros países passam a seguir o mesmo modelo.

      Tendência musical é algo muito cíclico e é natural que essa influência sueca no Eurovisão venha a se desgastar em breve, talvez a começar pela própria Suécia. E é também natural para eles que o schlager surja como referência nesse momento de se buscar outros caminhos. Como eu disse antes, isso costuma ser muito cíclico: antes de se buscar o novo, é sempre mais simples buscar de volta o antigo.

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    2. Nao tenho a certeza se sera correcto e sensato estar a olhar so para o publico jovem ou o publico mais maduro.Soa a discriminaçao etaria.Acho que deve haver de tudo para todos.Concordo com as palavras sensatas e com conteudo de Digisabio.Verdade falas!

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    3. Anónimo14:08

      concordo plenamente

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  3. Creio que na Suecia a nivel dos circulos ESC finalmente estao a chegar a conclusao que ha demasiado poder concentrado nas maos de muito poucos,e ate dentro da propria Suecia ja estao a ficar fartos desta compota,que e o actual estilo musical e visual do MF.

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    1. Anónimo18:30

      Eles ate podem estar fartos mas os que se queixam são uma minoria ... o publico gosta do que se passa no MF ... e na Eurovisão a obcessão por espetaculos visuais e circo à volta das canções que muito santo fã exige quase agressivamente só para assegurar que a Eurovisão que todos estão habituados se mantem assim ... a imagem, o visual, as luzes, o cenário, tudo passou a ser mais relevante do que a própria canção. E isso sim é triste ...

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  4. Anónimo18:28

    Eu descodifico-vos uma coisa - o schlager sueco é o primo da nossa musica pimba cá - o estilo schlager sueco é horrivel porque não passa de uma reciclagem do som dos abba, dos anos 80 de qualquer coisa hiper mega ultrapassada sem qualquer ligação com o presente e de má qualidade. Enquanto que Portugal pode enviar pimba lá fora e toda a gente até acha piada por ser contra-natura à imagem do nosso páis lá fora, o schlager tem mais mediatismo mas nem por isso apreço. O facto dos suecos quererem um festival POP é porque na verdade o mercado discográfico sueco ganhou muito com os grandes nomes de compositores e produtores a fazerem musicas para o mundo todo em todos os géneros musicais e isso é um trunfo a favor dos suecos por mais injusto que no fim se torne ... mas tb nao é a toa que certos paises (sim Rússia e Azerbeijão estou a falar de voces) se sirvam de musicas suecas para concorrer ... burros estes paises não são. E se o MF tem tido cada vez mais publico jovem interessado seguramente não tem nada a ver com a Anna Book ou a Linda B. ... a vitória da Loreen em Baku veio mexer com muita coisa de forma bem drástica. E o Christer Björkmann (o Simon Cowell do MF) sabe disso e não largará mão dessa "formula" de sucesso. Até o já habituais Fredrik Kempe e Thomas G:son já deixaram as pimbalhadas usuais para se concentrar em musica de cariz mais atual. Como eu já disse ... burrinhos não são!

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