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[OPINIÃO] Nuno Carrilho comenta a final do ESC2013

Depois das inúmeras surpresas ocorridas nas semifinais, a cidade de Malmö acolheu no passado sábado uma das finais mais competitivas dos últimos anos. A Dinamarca foi a grande vencedora da noite, marcada pela brilhante atuação de Loreen e a despercebida participação de Carola. Mas não pensem que as surpresas aconteceram apenas nas eliminatórias... Volto a lembrar que este é um artigo de opinião independente onde apresento sob a minha visão pessoal, a minha opinião sobre o espetáculo de sábado.

Malmö deu-nos uma das melhores aberturas da Eurovisão de todos os tempos. Depois do pequeno sketch que mostrava a evolução da lagarta, em Baku, e a sua transformação em borboleta, em Malmö, e depois do anúncio de boas-vindas do conhecido jogador Ibrahimovic, começa a transmissão na Malmö Arena. Ao som do novo hino do ESC, "We write the Story", e fazendo uso da plataforma usada por Loreen na primeira semifinal, inicia-se o desfile das comitivas a concurso. Uma ideia retirada das edições dos Jogos Olímpicos, mas que resultou muito bem e é, sem dúvida, um exemplo a seguir nos próximos anos. Petra Mede sobe ao palco, com o vestido "menos feio" que usou na apresentação e dá as habituais indicações sobre o certame. Começa o desfile de canções!

França: Não consigo perceber qual a razão da França abrir o certame! Amandine não tinha uma tarefa fácil e então a abrir o certame, deu no que deu! Com uma proposta diferente das habituais no certame, nem mesmo a potente interpretação da cantora conseguiu o país subir na tabela classificativa, conseguindo o 23ºposto com 14pontos. Na minha opinião, foi uma das mais prejudicadas e injustiçadas da noite!

Lituânia: Pela terceira vez consecutiva numa final, uma das surpresas da semifinal conseguiu surpreender ainda mais ... ao conseguir o 22ºlugar! A prestação vocal esteve melhor na semifinal e a atuação não teve qualquer alteração, mas não justifica contudo a sua presença na final! E cinquenta e oito anos depois, o número dois continua sem vencer a Eurovisão!

Moldávia: Os nervos quase tramaram Aliona Moon... A cantora subiu ao palco muito nervosa, tendo falhado algumas notas e mesmo enganando-se na interpretação nos primeiros momentos da canção. Contudo, com o decorrer da atuação a cantora "cresceu" e mostrou porque mereceu o décimo-primeiro posto desta final! Grande proposta da Moldávia este ano!


Finlândia: Chegara então a hora de subir ao palco a proposta mais polémica deste certame. Apesar de continuar a achar que o seu apuramento se deveu muito mais à polémica do que propriamente à canção, a verdade é que Krista animou bastante a noite. O resultado ficou aquém das expectativas para os finlandeses, vigésimo-quarto, mas o país não esmoreceu e já confirmou presença no ESC2014!

Espanha: Nuestros Hermanos seguiram-se no desfile musical. Com a interpretação mais insegura da noite, Raquel del Rosário não conseguiu prender as atenções dos espectadores e nem mesmo a energia com que a banda se apresentou em palco conseguiu evitar a pior classificação da Espanha em 53 participações. Na minha opinião mereciam melhor, especialmente pela perfomance apresentada, sendo que gostei imenso da parte em que Raquel se encontra no palco do centro da arena e os "cristais" sobem. Espanha sentiu bastante a falta de Portugal nesta final! Mereciam mais!

Bélgica: A "surpresa mais surpreendente" desta edição! Ninguém, ou quase ninguém, previa a passagem da Bélgica, quanto mais a obtenção do 12.º lugar. Roberto esteve muito bem vocalmente, nesta final, muito melhor que na semifinal e decerto que este foi o fator determinante para esta classificação! Talvez não merecesse tanto...

Estónia: Com um ar angelical, Birgit teve na noite de sábado uma das melhores interpretações. A cantora foi uma das cantores mais seguras em palco e deu-nos uma interpretação sem qualquer falha vocal! Na minha opinião, a Estónia foi uma das melhores surpresas deste certame, pois sem  clichés e fazendo apenas uso da voz e da presença, conseguiu tornar uma balada nada apelativa, numa das músicas mais acarinhadas da final. Merecia mais do que o vigésimo posto!


Bielorrússia: Desiludiu-me tanto a Bielorrússia! A música perdeu a sua essência e mais parecia uma típica "entrada grega"! A coreografia apesar de ser excelente não se encaixava nesse tema e além disso faltava cor e alegria em palco! Parabéns à SVT pela correção de alguns planos que em muito prejudicaram a prestação de Alyona na semifinal! Ganhou mais do que merecia, mesmo sem qualquer pontuação da vizinha Rússia!

Malta: Por esta não esperava eu... A passagem de Malta à grande final já me surpreendeu, que dizer sobre o oitavo lugar? Mereceu! Sem dúvida que mereceu! Gianluca esteve impecável a nível vocal e com uma atuação simples mas bem conseguida, conseguiu captar todas as atenções e conseguir o melhor resultado do arquipélago desde 2005! Um dos beneficiados do novo sistema de votação (e ainda bem)!

Rússia: Seguimos então para a Rússia, que trazia um dos meus temas favoritos! Dina Garipova este, novamente, muito bem em palco, mostrando todo o seu poder vocal. A interação com o público voltou a ser das maiores da edição, sendo que o acender das luzinhas deu uma das melhores imagens desta edição! Um quinto lugar mais que merecido!

Alemanha: Depois de três top'10, a Alemanha volta a conseguir ficar nos lugares que nos havia habituado na época pré-Lena. A fama dos Cascada não os salvou do desaire na Eurovisão, depois de ter auferido um atuação, que a meu ver, foi das menos conseguidas da noite. Natalie não estava nos seus dias e se o objectivo daquela escadaria era encher o palco, ainda o tornou mais esbandalhado e vazio! Uma das piores da noite!


Arménia: Afinal enganei-me, pois sempre acreditei que a Arménia fizesse parte do top10! Felizmente isto não aconteceu e aos poucos nota-se que o efeito da diáspora está a morrer... Apesar de tudo, a Arménia conseguiu apurar-se e conseguir o 18ºlugar, o pior resultado do país numa final! Gor Suyan esteve bem em palco e mesmo com uma atuação apagada, conseguiram chamar à atenção dos ouvintes! 

Holanda: Nove anos depois, a Holanda regressa a uma Grande Final e logo representada por Anouk. A cantora não desiludiu, muito pelo contrário, tendo uma interpretação muito bem conseguida, mostrando (novamente) a muitos o que é cantar! A atuação foi simples mas muito bem conseguida, o que resultou num 9ºlugar com 114pontos, o melhor resultado do país desde 1999! No entanto, merecia mais!


Roménia: Como disse anteriormente, adoro e odeio esta proposta romena, sendo uma das apostas mais renhidas da edição, que no entanto, resultou! Cezar esteve melhor do que na semifinal, não deixando os nervos interferir na sua interpretação! Não gostei dos bailarinos na atuação, não me perguntem porquê, mas achei que estavam a mais. Contudo, não me surpreendi com o décimo terceiro posto e nem achei injusto de todo!

Reino Unido: Chegara agora o momento de o palco receber uma das artistas mais famosas a participar no certame, em toda a sua história: Bonnie Tyler. Uma aposta muito arriscada do Reino Unido, que (infelizmente) não resultou. Sendo a Eurovisão um concurso musical, em que o valor musical é posto atrás de outros factores, a atuação de Bonnie resultou num décimo-nono posto. Não me desiludiu, sinceramente, mas Bonnie apostou numa atuação muito soft e sem grandes clichés, além de que a nível vocal a cantora não esteve "nos seus dias". Merecia mais...


Suécia: Com a difícil responsabilidade de representar o país anfitrião, Robin deixou-se consumir pelos nervos, dando uma interpretação aquém do apresentado nos ensaios e em atuações posteriores.  A atuação foi muito confusa, sendo que a coreografia dos bailarinos deixou muito a desejar, desviando as atenções dos telespectadores. Não esperava um resultado tão baixo (14ªlugar, o pior resultado sueco nos últimos três anos), pois sempre esperei que Robin disputasse um lugar no top5!

Hungria: Uma das surpresas da votação! Uma das favoritas ao último lugar da semifinal, conseguiu o décimo posto na Grande Final, o melhor resultado da Hungria  desde 2007. Não sou grande fã do tema nem do cantor, mas ByeAlex teve uma prestação muito boa no palco eurovisivo! Com uma atuação simples (e muito ajudado pelo novo sistema de votação), ByeAlex, que trazia a aposta mais arriscada da edição, conseguiu algo que ninguém esperava (ou pelo menos, eu)!


Dinamarca: Depois de me ter desiludido na semifinal, Emmelie mostrou na noite de sábado que queria mesmo vencer a Eurovisão, o que veio a acontecer! Com uma atuação muito mais segura e apresentando-se muito mais convicta e calma, a cantora dinamarquesa teve a melhor prestação da noite! O público aderiu muito bem à atuação da Dinamarca, manifestando-se, não de forma tão marcante como na semifinal (o que estragou um pouco a atuação nas eliminatórias), mas mostrando todo o seu apoio! Mereceu a vitória, apesar de não ser a minha favorita!


Islândia: Depois da energética Dinamarca, eis que chega a vez da Islândia fazer-se representar no palco eurovisivo. Eypór, o Rui Bandeira islandês, ficou aquém do esperado na tabela classificativa, mas não se podemos esquecer que atuou depois da vencedora e na sua língua natal, algo que não acontecia desde 1997. Contudo, Eypór voltou a colocar a Europa a cantarolar "Ég á líf, Ég á líf" e trouxe-nos uma boa prestação, menos marcante do que a apresentada na final nacional, mas muito boa! Pena ter sido ofuscado pelo poderio dinamarquês!


Azerbaijão: Apesar de conseguir a maior pontuação de sempre do país e o maior número de pontuações máximas da votação, Farid Mammadov não conseguiu vencer o certame. O cantor teve, novamente, uma grande atuação e uma interpretação vocal estrondosa. A entrada da mulher de vermelho no cenário azul foi, para mim, um dos melhores momentos da edição."A música talvez não seja tão estrondosa quanto isso", é verdade, mas é muito melhor do que alguma das apresentadas! Polémicas fora, concordei com a classificação do Azerbaijão!

Grécia: Tendo em conta o que a Eurovisão é hoje, concordo com a classificação dos gregos. A energia que mostraram em palco e a boa disposição que transmitiram em palco foram dois factores fulcrais para a obtenção do sexto posto, o melhor desde 2008. A atuação foi uma das mais conseguidas da noite, mas se a música tivesse mais peso na classificação e se fosse outro país a levar essa proposta, talvez nem parte da final fizesse parte... Merecida, mas não merecida, ao mesmo tempo!


Ucrânia: Depois de uma interpretação muito aquém do esperado na semifinal, Zlata arrassou totalmente no sábado, tendo a meu ver a melhor interpretação da edição. A entrada do gigante era bastante dispensável, sendo esse o pormenor que mais me desiludiu na atuação ucraniana. Sem dúvida que mereceu o terceiro posto, o melhor do país desde 2008, sendo que a meio da votação acreditei que Zlata conseguisse "vencer a gravidade" e levar o ESC para Kiev! Uma das melhores propostas do ESC2013!

Itália: Uma das minhas favoritas! Merecia mais do que o sétimo lugar, sendo que a meu ver merecia mesmo a vitória! Marco Mengoni trouxe-nos um dos temas mais bem conseguidos da edição e apesar de apostar numa atuação simples, foi uma das mais conseguidas da edição! A nível vocal está tudo dito, pois falamos de Marco Mengoni! A melhor proposta italiana desde que regressou ao ESC! Espero que Portugal siga o exemplo italiano...


Noruega: Outra cantora que na semifinal esteve apagada e na final mostrou finalmente tudo o que tinha para mostrar. Com uma interpretação muito bem conseguida, onde os nervos ficaram de fora, Margaret mostrou-se novamente uma candidata ao título, tendo conseguido o quarto posto (melhor resultado desde 2009). Muito bom resultado, que prova que a Eurovisão está a mudar... para melhor!

Geórgia: Uma das surpresas que se revelou na votação como uma das surpresas... pela negativa! Nodi e Sophie traziam ao ESC um tema que mais parecia uma medley de "Quédate Conmigo" e "Running Scared"! Depois da semifinal, muitos foram os fãs que disseram que o duo poderia levar o ESC para a Geórgia, o que não veio a acontecer! Nem a estrondosa atuação salvou o país do 15ºposto, o pior de sempre numa final! Ao que parece, o público este ano não gosta de imitações (e ainda bem)!


Irlanda: Chegamos à última atuação da noite, estando essa a cargo do país que menos mereceu estar nessa final. O último lugar foi mais que merecido! Desculpem-me os fãs que gostam do tema, mas esta foi a atuação mais "azeiteira" da edição! Se isto representasse Portugal, não faltariam críticas, mas como é a Irlanda, escapou! Ficou no lugar que merecia, levando para o país com mais vitórias no certame a pior classificação da sua história numa final!


Petra Mede sobe novamente ao palco, abrindo a votação! Segue-se um dos melhores momentos da edição! Loreen sobe ao palco para interpretar um medley com três temas: "We Got The Power", "My Heart Is Refusing Me" e "Euphoria". Foi um dos melhores momentos dessa final, o que comprova cada vez mais que Loreen tem tudo para se tornar numa estrela mundial. Durante a atuação, a cantora sueca teve direito a dois vestidos ( o primeiro lembrava Dana International em 1998), a ser puxada para o ar e terminou a atuação na plataforma usada por Bonnie Tyler!  

A apresentadora encerra as votações já com o figurino do Interval Act, que os portugueses não viram, e que sinceramente não perderam nada! Meses depois de se falar constantemente da atuação de Carola, eis que a cantora esteve no ar apenas 8 segundos! Um dos piores Interval Act dos últimos anos que mais pareceu retirado do Melodifestivalen... Danças com leite, ecopontos, um novo beijo lésbico,... tudo isso era escusado! Aproveitaram-se os oito segundos de Carola!




Um novo sketch com imagens de edições anteriores com a participação de Petra Mede é nos apresentado e causando uma das polémicas deste ano quando a apresentadora fala de Linda Martin dizendo que Jonnhy Logan venceu por três ocasiões, a última disfarçado de mulher!
Polémicas à parte, a emissão segue para a Green Room onde Eric Saade fala um pouco da sua experiência como participante!

Depois do produtor eurovisivo confirmar a recepção de todos os votos, chegamos a um dos momentos mais emocionantes da noite. Sarah Dawn-Finer sobe ao palco (infelizmente não como concorrente) num tributo aos ABBA onde interpreta "The Winner Takes It All". Grande Momento de uma cantora que se deu a conhecer na final nacional sueca e que infelizmente não conseguiu chegar ao Eurovision! Talvez no futuro, quem sabe?





Petra Mede, e não Pietra Mede como dizia Sílvia Alberto, sobe ao palco para iniciar a votação e traz consigo um dos figurinos mais feios da edição! A votação foi marcada por algumas falhas técnicas, como na votação holandesa em que a transmissão à Green Room aconteceu cedo demais. A Dinamarca desde cedo começou a dominar a tabela classificativa, mas em muitos momentos a Ucrânia e o Azerbaijão ameaçaram o primeiro posto, sempre sem sucesso. Apesar de ainda muito notório, o voto político e geográfico perdeu-se um pouco especialmente nos doze pontos, devido à remodelação do sistema de votação, mas muito ainda há a fazer...

A meio da votação, a emissão volta à Green Room, onde Eric Saade apresenta o top5 e fala com a cantora dinamarquesa. Sílvia Alberto despropositadamente consegue (e ainda bem) "tapar" a voz de Eric Saade quando esse provoca outra das polémicas da edição! O ESC precisa de inovação, mas há que ter em conta que é um programa familiar!

No final da trigésima quinta votação (A.R.J. Macedónia), a apresentadora anuncia que a Dinamarca é a grande vencedora da edição, sendo projetada a borboleta dinamarquesa no seu vestido! Se o anúncio dos votos já estava num ritmo bastante acelerado, a partir daí foi efetuado a voar! Não gostei que a comitiva fosse chamada a palco antes do final da votação, mas pronto, espero que tenha sido para poupar tempo! A plataforma onde foi efectuado o desfile inicial é usada por Emmelie de Forest, onde recebe o troféu das mãos de Loreen o troféu do evento! 


A Eurovisão faz assim uma das viagens mais curtas da sua história, atravessando apenas a Ponte do Øresund até chegar a solo dinamarquês. Para a história fica uma das edições mais renhidas dos últimos anos e a prova de que se consegue fazer um bom espetáculo com contenção económica! Que se inicie a contagem decrescente para a próxima edição!


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Fonte: ESCPortugal / Imagem: eurovision.tv
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  1. Anónimo21:56

    carola caiu mesmo ou foi encenação?

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  2. Anónimo 21:56,

    Foi encenação a queda de Carola, brincando com o facto de Carola ter sido a "causadora" da implementação da habitual máquina de vento no ESC! NC

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  3. Anónimo22:34

    Tive o imenso privilegio de assistir a esta edicao do Eurofestival ao vivo na Arena de Malmo. Discordo totalmente com o comentario sobre o Interval Act - foi bom, diferente e muito divertido. A SVT fez muito bem em apostar no humor e a Petra Mede foi uma boa apresentadora.

    Se, em 2013, ha gente que ainda se perturba com um beijo entre duas mulheres ou dois homens, ou acha o comentario do Eric Saade MILF ofensivo entao aconselhos-lhes o mesmo que o Graham Norton disse no comentario ao show na BBC1: get over it!!!

    Um dos melhores shows de sempre. Parabens a SVT.

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  4. Anónimo00:30

    Concordei em muito com a opiniao do Nuno: especialmente o elogio feito a grande Sarah Dawn Finer que em 2009 poderia ter ido a final mas o favoritismo em torno do horrivel "La Voix" da Malena Erman não o deixou. Em relação ao certame apenas discordo numa coisa: a Irlanda não foi o nº mais azeiteiro da noite (a cancao era uma vulgar dance pop que nada tem de especial) e não era tao horrivel assim para ficar em ultimo lugar. Azeiteiro sim foram os GREGOS: pouca me importa a energia e o raio que o parta que tera animado mta santa alta a custa desta atuação ... mas se fecharmos os olhos lamento ... a canção era horrivel uma anedota de mau gosto. Mas trata-se da Grécia... um doa paises que a Eurovisão atual insiste em levar ao colo e tratar com demasiados mimos todos os os anos mesmo que nunca o mereça musicalmente ... apena dá show! E para mtos o show é mais importante do que a musica! Lamentavel. Finalmente: criticamos e nao gostamos dos votos geopoliticos do bloco de leste (que sinceramente nao estiveram nada apagados na votãção apesar das alterações feitas: dar 12 a uma Russia ou Azerbeijão por parte de uma Ucrania ou Bielorussia e vice versa vai sempre persistir) mas é um pouco geopolitico demais pensar que a cancao espanhola precisava de pontos portugueses quando na verdade nada na musica era bom cativante e vocalmente horrivel. O nosso sentimento de simpatia pelos paises mais proximos de nos nao e um criterio musical: se nao devia existir para 1 tb nao podemos servirmonos dele da mesma forma. Coerencia. A ver vamos se em 2014 eu poderei ver duas coisas: o bloco de leste no fundo da tabela e Grecia fora da final ... e de preferencia tb sem Turquia caso queira regressar. Os Big 5 econonomicos nao me incomodam ... mas este BIG EGOS eurovisivos sim!

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  5. Anónimo10:40

    Parabéns pelo comentário de Nuno Carrilho e pelos dos anónimos das 22:34 e das 0.30. Afinal, pode-se estar no local de realização do ESC (ou ver a transmissão com atenção), ter opinião e expressá-la dentro dos limites do bom gosto. Uma lição para uma certa pessoa, se a desejar aprender...
    Em relação aos comentários de NC, dois pequenos reparos, que nem sequer são críticas: uma canção e uma atuação devem impor-se pela qualidade, independentemente de serem as primeiras a fazerem-se ver/ouvir - e alguma canção tem de ser a primeira na ordem de apresentação; conheço a Suécia e o sentido de humor muito peculiar dos suecos (que começa logo por não se levarem muito a sério): há uns anos (não sei se o "conselho" ainda se mantém) sugeria-se às estações televisivas que organizavam o espetáculo final que, no intervalo, mostrassem algo que representasse o país (assim "nasceu" o famoso "Riverdance", levado a palco pela primeira vez no ESC 1994) - o teatro musical é forte na Suécia e o que se tentou (e, a meu ver, conseguiu) foi, nesse tipo de ambiente, retratar os estereótipos dos suecos, com humor e sem nacionalismos balofos.
    Quanto às trocas de votos ou favorecimento de países vizinhos, penso que se progrediu: menos visível (muito menos) na primeira semifinal, entre os países da ex-Jugoslávia, menos notória entre os países bálticos (pessoalmente acho fazer já pouco sentido integrar Estónia, Letónia e Lituânia, bem como a Moldávia, no "grupo" dos ex-soviéticos, embora fizessem parte da ex-URSS), quase impercetível entre Irlanda e Reino Unido, atenuada na votação de São Marino em relação à Itália... Há quem esteja contra (como, provavelmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo), mas eu apoio o novo sistema de votação, em que não se respeitam apenas os "dez mais" do júri e do televoto.

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  6. Anónimo23:58

    Para o Nuno Carrilho:

    Exprimir uma opinião é dizer "gostei, ou, não gostei..." Afirmar que os vestidos da apresentadora eram feios é crime de lesa estética e lesa alta-costura: eu acho que, à parte o vestido branco para a votação, ela esteve sempre requintadamente vestida. Fiquei fascinado pela arte expressa no seu vestido castanho e dourado: um luxo de show na arte de costurar!

    Também discordo, num artigo de opinião, que se afirme autoritariamente que tal "merece" e outro tal "não merece" o lugar em que ficou. Contra votos não há argumentos! Salvo se os votos foram manipulados: neste caso é que o merecimento é posto em causa.

    Todo o sistema de votação que não seja 100% televoto pago me é, pessoalmente, anti-democrático! Não cesso de o afirmar.

    Para todos:

    A canção da Grécia teve muito interesse e por isso ficou tão bem classificada. Os comentadores esquecem-se bastas vezes que a Europa é uma diversidade de sensibilidades: não foi por ser a Grécia. Afinal a Dinamarca tem mais vitórias do que a Grécia: será por ser a Dinamarca???

    Para os outros comentadores:

    Levantou-se uma vaga entre os fanáticos contra os países de Leste; não compreendo tal aversão perante quem deu tão importante impulso a um concurso que estava quase moribundo. Curiosamente os países do Cáucaso até enviaram canções de grandes compositores ocidentais.E parece-me ainda mais injusto que a Turquia seja tão depreciada, já que participa desde 1980 e com apenas uma vitória: é um país histórico no certame.

    Tenho um amigo que não suporta o que quer que seja que venha da Ucrânia e outros que não suportam o que venha da Suécia... Não ouvem com os ouvidos mas com ódios, inexplicáveis, que estão para lá da música.

    Mas então a música não deveria suavizar os costumes???

    Renato Carlos

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  7. Anónimo02:49

    Para o Renato: discordo contigo em relação a Grécia e Turquia mas explicar isso implicaria comparar a eurovisão pré-dana internacional e pos-dana internacional. E isso é too much for me right now.

    Não concordo que a Eurovisão estivesse moribunda: em Portugal o interesse era quase nulo porque nunca ganhamos para alem de que sempre nos estivemos nas tintas para os outros paises. E como no futebol, como mtos gostam de dizer.

    Mas concordo que a chegada o leste europeu era inevitavel do ponto de vista geopolitico para a EBU e concordo que efetivamente vieram dar o lado mais "show" ao concurso. Mas infelizmente, e isto é minha opinião: nao melhorou entre 2000 ate 2008-9 a nivel musical, tornou-o mais piroso e aceitavelmente espalhafatoso. No entanto entento e concordo que o espalhafato e o bad taste que paises como estes e outros inclusive começaram a trazer para o concurso é o que ainda provoca o delirio e a histeria dos ditos fas eurovisivos, que nem se lembram mais de que a Eurovisão ja foi um concurso de cancoes, um concurso que pedia apenas algo simples: OUVIR. A Eurovisao atual tem que lidar com a hiperatividade dos seus fas que nao suportam estar quietos e ouvir: tem de haver algo do mais impressionante ao mais vergonhoso a acontecer em palco para chamar atencao (e pouco importa qual a musica por detras desse numero de palco). Sempre disse e redigo: so falta haver sexo explicito no palco da Eurovisão.

    Finalmente: televoto? democratico? sim ... mas reflete o que? o mau gosto pimpalhesco das pessoas? é isso que se vai premiar num concurso de canções? E atenção a uma coisa: so "televota" quem quer ... e so gasta dinheiro quem quer ... vir reclamar no fim por uma coisa que não foi imposta a ninguém apenas porque a sua musiquinha de treta nao venceu, é no minimo vergonhoso: grow up maybe?

    Ainda bem que venceu a Dinamarca, venceu a musica. Ainda bem que não venceu a Grécia ... não venceu o espalhafato. Há 10 anos atras esta situacao era o oposto: thank God things are changing musicallywise for the better! Senão era o fim do mundo.

    O meu problema com os paises de leste: nao se trata de preonceitos social ou cultural (ate porque sei de conhecimento proximo que as pessoas nestes paises nao sao tao interessadas no certame como estes paises nos querem tentar convencer): acho-os musicalmente nada sinceros e crediveis ... apesar da mudança radical na escolha da Ucrania e Russia deste ano (aleluia!! ja nao era sem tempo) mas pior que a qualidade musical horrenda do passado, o seu estratagema na votação continua a ser o lado mais negativo da Eurovisao e demonstra que o verdadeiro preconceito na Eurovisão é deles para connosco e nao o inverso. Agora em relacao ao teu amigo que nao suporta nada da Suecia: mto simples - a Europa atual da crise economica veio refoçar o que separa o norte do sul - e veio realimentar um odio de inveja contra eles e isso reflete-se ate na mais ridicula das coisas: ex. Eurovisão. Ácho lamentavel mas é a realidade.

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  8. Anónimo18:33

    Não concordo com o Nuno Carrilho em relação á canção da Itália, á canção da Holanda e á canção da Rússia, acho estas três canções horríveis nem deviam ter obtido no Esc o 5º lugar, o 7º lugar e o 9º lugar respectivamente.
    Nem á final deviam ter passado (Rússia e Holanda já que Itália tem entrada directa na final e não devia ter).

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  9. Anónimo21:55

    Ao anónimo das 02:49:

    Os amigos em questão não são portugueses nem vivem em Portugal e têm boa situação económica. Não me parece que seja por inveja económica dos países nórdicos ou da situação económica da Ucrânia (hehehe). Seguir por esse caminho é trocar passos em análises.

    Quanto ao show espalhafatoso, relembro mais uma vez que se trata de euroVISÃO e não euroáudio. Para áudio temos a rádio. Show televisivo, sim!

    Renato Carlos

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  10. Anónimo01:15

    Gostei de ler a opinião,mas não posso concordar com o que foi dito acerca da prestação de Farid Mammadov! Além de ter uma música péssima, a prestação não foi nada apelativa e cliché. Não merecia o 2º lugar de todo!

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  11. Anónimo23:30

    o pior festival de sempre !!! ^^

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