Slider

Sílvia Alberto em entrevista ao JN

1
Fonte: Jornal de Notícias
Foto (c): SAPO TV

Sílvia Alberto regressa à antena da RTP1

É já um rosto indissociável da RTP e começa a sê-lo também relativamente à condução do Festival da Canção. Sílvia Alberto será, esta noite, a partir do Campo Pequeno, em Lisboa, pelo terceiro ano consecutivo a anfitriã da grande final do certame por terras lusas.

Quanto a outros projectos na estação pública, a apresentadora opta por não deslindar o seu futuro próximo, admitindo, embora, um programa televisivo para muito em breve.

É a terceira vez que a Sílvia está à frente deste certame. Sente-se já uma veterana?
Não há uma sem duas, não há duas sem três. Aqui estou eu. Ainda não sou uma veterana, mas já posso dizer que pertenço a esse núcleo de oneráveis apresentadores do Festival da Canção.

Ficou desapontada por os "Homens da Luta" do Jel terem sido desclassificados?
Toda a gente é obrigada a ler o regulamento, eles também. Achei muito giro que eles se tivessem candidatado e que ficassem com pena de não poderem participar, pois creio que eles traziam, e bem, aquele que é, para mim, uma fã assumida de José Cid, o espírito do Festival: divertido e despretensioso. Se nos últimos anos tenho reparado em algum receio por parte dos músicos em concorrerem, por associações com estilos musicais que não o deles, e do que as pessoas possam dizer, a RTP tem vindo a criar condições para que o brilho esteja presente, garantindo, no fundo, outro tipo de visibilidade pública. Há muito talento que terá já ficado em casa por preconceito, mas acredito que a mentalidade está a mudar.

Nomeadamente nesta edição?
Sim, bem como na anterior, em que a fasquia já foi muito elevada, com um espectáculo bastante consistente. Tivemos realmente limitações a nível de espaço. Este ano temos outra estrutura maior para abraçar as pessoas que antes ficaram em casa por ausência do mesmo. O Campo Pequeno é o que precisávamos. Estou muito contente que a RTP tenha feito esta aposta.

Já ouviu os temas concorrentes?
Sim. Há muitas baladas este ano. Talvez tenha sentido uma presença demasiado forte de baladas, mas a qualidade está assegurada.

Tem um favorito?
Tenho alguns, um leque de seleccionados. As músicas até se tornarem "orelhudas", até ficarem no ouvido, precisam do seu tempo, pois não entram à primeira. Nem sempre nos apaixonamos logo pelos temas. Precisamos de as digerir um pouco.

Será um certame mais tradicional?
Mais sereno. Não necessariamente mais tradicional. Não há um espírito tão "kitsch" como no ano anterior. Mas estão os ingredientes reunidos para termos um grande espectáculo. E o gosto pelos temas é muito subjectivo.

Houve um refrear do entusiasmo pelo Festival. Considera que agora este se está a retomar?
Chegou a ser um verdadeiro acontecimento nacional em tempos. Porém, acho que estamos a sair do período de desinteresse. Com o esforço e investimento por parte da RTP, estamos a recuperar o Festival. Não renová-lo, ou reinventá-lo, pois ele sempre teve o seu espaço cativo.

Qual é a sua opinião face aos convites de produtores estrangeiros dirigidos a intérpretes nacionais?
São pessoas que conhecem a Cultura portuguesa, que trabalham com artistas portugueses. Não me faz confusão alguma. É uma forma de cooperação interessante.

E em relação ao chamado "voto de vizinhança" na Eurovisão?
Somos um país pequenino. Ao apresentar o Festival tenho essa consciência. Tenho a sorte de, nas três edições que apresentei, os nossos candidatos terem ido à final da Eurovisão. Pode ser que este ano também aconteça. Sinceramente, o mais importante não é ganhar lá fora, mas participar cá. Ir ao estrangeiro é uma espécie de passeio no parque.

Que projectos futuros tem na RTP?
Sou uma apresentadora do canal, com contrato por mais dois anos, renovado em Dezembro passado. Vejamos o que a cabeça criativa de José Fragoso - director de Programas - decide. Mas é claro que há projectos definidos para breve.


Entrevista transcrita da edição online do Jornal de Notícias.
1
( Hide )
  1. Anónimo15:04

    "Sinceramente, o mais importante não é ganhar lá fora, mas participar cá. Ir ao estrangeiro é uma espécie de passeio no parque."

    NADA me irrita mais que opiniões destas!!!!!

    Por mim, até pode ganhar o Rui Nova ou o Caminheiro de Mim, desde que depois ganhem la' fora!!!!

    Quando é que Portugal ganha a Eurovisão? Quando é que o Pavilhão Atlântico vai ter honra de receber a Eurovisão? O povão espera e espera e impacienta-se...
    Ja' andamos nisto ha' quarenta e tal anos...

    Martim de Deus Menisco

    ResponderEliminar

Ideas

both, mystorymag

A NÃO PERDER...

TOP
© Todos os direitos reservados
Criado por Envato Personalizado por ESC Portugal - PG, 2022.