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UER esclarece (mas pouco) o televoto

Fontes:
eurovision.tv
UER/EBU

Foto (c):
eurovision.tv

Já se esperava que algo semelhante acontecesse, depois de todas as alegadas irregularidades no televoto do ESC2008, onde a diáspora e os votos de vizinhança deram boas classificações ao Leste e maus resultados à Velha Europa. Bjørn Erichsen, director do Eurovision TV, foi obrigado a esclarecer, mas pouco, a situação, mostrando, para já, que a UER deverá rever a situação no futuro, tal como é exigido por muitos (ler propostas aqui).

Segundo Bjørn Erichsen, desde que a Deutsche Telekom e a Digame, empresas de telecomunicações alemãs, acompanhadas da empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers tomaram conta do sistema de televoto, que não há sinal de qualquer irregularidade ou fraude, por isso está tudo a correr como esperado.
Erichsen: "Se um espectador gostar da canção de um vizinho, tem o direito de votar nela e uma rapariga polaca residente na Irlanda pode votar na Polónia. Não se pode votar no seu país, a partir dele, é a regra. A UER e os seus parceiros não podem, nem devem, controlar, de maneira nenhuma, nacionalidade, identidade ou preferências de cada votante individual.
Se há alguém que tenta influenciar os votantes a marcar o número de um país específico, tem que ter poder sobre 105 milhões. Em última instância, sobre 640 milhões, a audiência potencial, porque não sabe quem vai ligar ou não a televisão no ESC."

Às queixas sobre os blocos de leste, nórdico e ex-jugoslavos, Bjørn Erichsen justifica-se com: "Este ano, como em outros, a Rússia teve bons resultados dos seus vizinhos de bloco, mas só este ano é que conseguiu ganhar. A diferença foi que recebeu pontos de 38 países, o que lhe deu a vitória."
Para explicar todas as suas convicções, Erichsen apresentou alguns cálculos: "Se imaginarmos o cenário absurdo de só poderem votar os países membros da União Europeia (UE), ou seja, 27, o que elimina a maior parte dos ex-soviéticos, a Rússia teria sido na mesma a grande vencedora da 53º Festival Eurovisão da Canção. Se imaginarmos o ainda mais absurdo cenário de só poderem votar os 15 estados da UE da considerada Velha Europa, a vencedora teria sido a Arménia e não um país dos chamados ocidentais. Resumindo, estatisticamente, só se pode ganhar se a maior parte votar nessa determinada entrada".

Terminando, a UER toma finalmente uma posição sobre as alegadas irregularidades nas votações, considerando infundadas as queixas e reclamações, o que por outras palavras pode ser encarado como enfiar a cabeça na areia, como as avestruzes, e ver o mítico Festival Eurovisão da Canção morrer, como está a acontecer com o JESC e como aconteceu com os também míticos Jogos sem Fronteiras.
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  1. Anónimo16:04

    Este homem,só pode estar a gozar com a nossa cara...

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  2. Anónimo16:32

    Apesar de todas as divergências, é certo que os países ocidentais dão sempre pontos aos blocos do leste e ex-jugoslavos.
    O que é de salientar é que estes países raramente dão os votos maiores aos do ocidente - daí se falar tanto nas vizinhanças .
    Poderá ser a qualidade das canções ... tudo bem ... mas os países do ocidente também têm boas canções.
    A Grécia é o único país que se destaca desta polémica. Desde a vitória ganhou um certo estatuto na eurovisão.

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  3. Anónimo19:29

    quando é que eles percebem que o problema não são os votos da velha europa ou da UE? o problema está nos votos dos países de leste. o que foi escrito só vem mostrar que nós não temos problemas em pontuar os de leste. pena a UER não apresentar tb um estudo sobre a forma como os de leste votam... enfim... já nem vale a pena gente

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  4. Humm. Eu já aqui defendi um esquema em que o júri eliminaria 7 canções e só 18 seguiriam para o televoto, isto na final.

    Mas talvez o que pudesse resolver a coisa seria (para além de limitar drasticamente o número de chamadas por número) mudar o sistema de pontuação. Sim, que o 1-8-10-12 não pode ser uma vaca sagrada....

    Mudar o sistema para outro que não beneficiasse tanto os países mais votados em cada país.

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  5. Anónimo13:25

    Esta historia de votar em paises vizinhos nao tem nada a ver com os paises de leste.
    Portugal tambem vota quase sempre na Espanha e vice-versa ou Andorra para Portugal. O mesmo acontece nos paises de leste. Pena é que Portugal só tem a Espanha como vizinho. O resto dos pontos veem da Franca e da Suica onde se encontram a maior parte dos emigrantes portugueses. Como os paises de leste tem pessoal espalhado por toda a europa é óbvio que eles votam nos paises de onde sao descendentes. Eu sou Portugues e vivo na Alemanha, para mim é óbvio que voto sempre em Portugal independente se a cancao e boa ou nao.

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