Um sindicato de trabalhadores da emissora italiana RAI lançou uma petição a exigir a saída de Itália do Festival Eurovisão 2026 devido à presença de Israel.
Um pequeno grupo sindical da emissora pública italiana RAI lançou uma petição a pedir que a televisão estatal se retire do Festival Eurovisão 2026 e que não o transmita, em protesto contra a participação de Israel no concurso internacional. A campanha, que insta a RAI a seguir o exemplo de outras emissoras europeias que boicotaram o evento, é organizada pela USB-RAI, um braço sindical criado há dois anos e que conta com 50 membros entre os trabalhadores da RAI.
Nos primeiros dias, a petição reuniu cerca de 3 mil assinaturas, com os resposáveis a procurar maior apoio público e envolvimento de personalidades de destaque para dar mais visibilidade à iniciativa. Em comunicado, a USB-RAI elogiou as emissoras que já anunciaram que não irão participar nem transmitir o concurso e apelou para que a Itália "dê o exemplo", adotando o que descreve como uma posição baseada na ética. O sindicato afirma que a retirada italiana poderia ter um impacto simbólico relevante no debate europeu em torno do festival.
Claudio Ciccone, representante sindical da USB-RAI, explicou aos jornalistas que a petição pretende pressionar a direção da RAI e será acompanhada por manifestações públicas e pedidos de negociações formais. Segundo Ciccone, o sindicato já havia tornado pública a sua posição durante grandes protestos realizados em setembro e mantém como objetivo principal a retirada da delegação italiana do concurso. O dirigente enquadra a reivindicação como um apelo à coerência por parte da União Europeia de Radiodifusão (EBU/UER), defendendo que as regras que levaram à exclusão de países em edições anteriores devem ser aplicadas de forma igual.

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