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[ZONA DE DISCOS #44] Ermal Meta – “Non abbiamo armi”

Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. Esta semana o destaque vai o novo álbum de Ermal Meta.
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.

Data de lançamento: 09 de fevereiro de 2018
Nota: 5/10


Na era em que, mais do que nunca, os números são aquilo que podem despertar a atenção para um novo artista ou um novo disco, aqui estão alguns bem impressionantes: Ermal Meta, num espaço de um ano – fevereiro de 2017 / fevereiro de 2018 – lançou dois álbuns de originais, alcançando com ambos o #1 do top de vendas italiano. Neste mesmo espaço temporal, há um álbum de platina, um de ouro, dois singles de platina, dois de ouro, não esquecendo o prémio para melhor artista italiano em 2017, nos MTV Europe Music Awards. Para além disso, foi um dos co-responsáveis por devolver a glória eurovisiva à Itália com um brilhante top 5 com “Non mi avete fatto niente”, sendo este último facto o mote para a análise de “Non abbiamo armi” (#1 na Itália, 14 semanas, para já, no top 20). 

Infelizmente, e apesar do sucesso e da vasta linha de admiradores que possa ter, “Non abbiamo armi” não nos provocou o efeito de “Non mi avete fatto niente”. Estamos perante um álbum coeso, com uma estrutura bem articulada, onde os diferentes ambientes musicais se vão intercalando de modo a não causar monotonia no ouvinte, mas não ultrapassa um padrão bastante expectável da pop italiana com canções que, pelo menos num primeiro impacto, não nos causa o comportamento voluntário de clicar em “repeat”.

Se “Non mi avete fatto niente” colocava a tónica na mensagem (embora a melodia e a interpretação fossem pontos em nada descuidados e deveras necessários para a concretização do produto final), o segundo single - “Dall'alba al tramonto” (#2) – coloca Ermal Meta em sintonia com a pop descomprometida dos últimos trabalhos de Marron 5 e Coldplay, e “Non abbiamo armi” (#4) desvela o compromisso com a velha e boa tradição da pop rock italiana. São estes os três vértices de todo o álbum, que ora dando mais destaque à eletrónica – “9 primavere” (#3) e “Molto bene, molto male” (#11) -, ora dando mais ênfase à emoção melódica – “Il vento della vita” (#8) -, acaba por encontrar o seu momento alto em “Caro Antonello” (#7) e “Mi salvi chi può” (#12).

É um mau álbum? Não e ganha principalmente pela sensação de honestidade que passa. Inversamente, não deixa de haver uma espécie de servidão a uma ideologia de álbum já bastante vincada num universo que oferece escolhas muito mais robustas.

Alinhamento
Non mi avete fatto niente (con Fabrizio Moro)
Dall'alba al tramonto
9 primavere
Non abbiamo armi
Io mi innamoro ancora
Le luci di Roma
Caro Antonello
Il vento della vita
Amore alcolico
Quello che ci resta
Molto bene, molto male
Mi salvi chi può

Vídeos promocionais

 Non mi avete fatto niente
   

 Dall'alba al tramonto


 Tema destacado por Carlos Carvalho: Mi salvi chi puo' (#12)


 Pode ouvir o disco AQUI

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Fonte: OPINIÃO CARLOS CARVALHO / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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