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[ENTREVISTA] Dihaj: "Amar Pelos Dois era a canção. O Salvador deixou uma impressão"

 
Dihaj viajou até Portugal e esteve à conversa com o ESCPortugal sobre as suas experiências eurovisivas, Salvador Sobral, Amar Pelos Dois e sobre o seu novo álbum.


Dihaj é o nome artístico de Diana Hacıyeva e do seu grupo, cantora nascida em Baku, Azerbaijão, e que representou o seu país na última edição do Festival Eurovisão da Canção. De passagem pela cidade do Porto, onde participou numa iniciativa organizada pela OGAE Portugal, a cantora esteve à conversa com o ESCPortugal. Esta é a primeira vez de Dihaj em Portugal e no Porto. Tendo tido a oportunidade de conhecer um pouco da cidade, a sua primeira impressão é positiva. "Demos uma volta pela cidade ontem e hoje. É linda! É muito calma mas muito bonita. Não tivemos foi muita sorte com o clima", disse.
Sobre o seu percurso musical, a representante azeri já experimentou cantar vários estilos musicais e é no pop que está focada atualmente. "Todos os músicos devem ter uma formação básica. Estudei numa escola musical onde aprendi jazz, folk e muitos outros estilos. Quando continuei a adicionar cada vez mais géneros ao que cantava, acabou por chegar o dia em que decidi que estava na altura de me concentrar mais no pop. Mas não é apenas música pop. É também música experimental", afirma.

Em 2016, Dihaj pisou o palco do Festival da Eurovisão pela primeira vez, como cantora de apoio de Samra. Sobre esse momento, confessa-nos que "foi uma experiência boa, muito intensa. A Samra era do meu país, por isso queria que tudo corresse pelo melhor e que tivesse uma boa atuação". Quando questionada sobre se estava à espera de voltar no ano seguinte, em 2017, como cantora principal, afirma que "não fiquei sentada à espera que me convidassem para representar o Azerbaijão. Na altura certa foi tomada a decisão, de forma calma, não foi muito surpreendente".


Na comparação entre as duas participações no concurso europeu, Dihaj diz que "é uma grande diferença ser corista ou a cantora principal, mas a audiência é que nota mais essa diferença. Os cantores de apoio trabalham muito mais que o cantor principal mas o que interessa é estar lá, é ser um artista. Não separo as coisas entre coristas e cantores principais". A integração na equipa azeri de 2016 permitiu-lhe estar mais preparada para assumir o papel principal: "Estava mais preparada porque já sabia como a Eurovisão funcionava, já sabia o que esperar. Já estava preparada para toda aquela intensidade".

Em relação à sua participação este ano afirma ter gostado muito da experiência. "Gostei muito da experiência! Tínhamos uma equipa internacional cujo objetivo era criar uma performance muito boa. Havia espírito de grupo e gostei muito. Gosto muito da minha música. Mas a melhor coisa foi mesmo partilhar isto com a minha equipa", afirmou. E se tivesse a oportunidade de alterar alguma coisa, Dihaj foi peremptória: "Não alteraria nada! Não sou do tipo de pessoa que se arrepende de fazer alguma coisa".


Dihaj levou o tema Skeletons até Kiev. O Azerbaijão esteve quase sempre na linha da frente dos favoritos para vencer a competição mas acabou por não ir além do 14.º lugar na grande final. A cantora revela-nos que "não participei na Eurovisão para competir. Queria principalmente ter uma boa atuação e passar uma boa imagem. Mas obviamente que, no fim, acabas por entrar no espírito de competição e dás por ti a contar os pontos. Acho que todos os participantes esperam bons resultados, seja na quantidade de discos que vendem ou na posição em que ficam, mas não é o fim do dia ou o fim do mundo! Sei que eu e a minha equipa fizemos um bom trabalho, não me arrependo de nada, e por isso não me interessa se acabei em 14.º".

Questionada sobre a possibilidade de voltar a representar o seu país no concurso europeu, Diana Hacıyeva diz não pensar muito no assunto. "Não estava a pensar muito nisso mas, algumas pessoas , já me perguntaram isso. Depende das circunstâncias, depende dos objetivos. Mas... porque não? É uma escola artística muito boa e uma grande experiência. Mas depende de outras coisas..."

Sobre o impacto da Eurovisão no Azerbaijão, a cantora diz que "tem impacto quando está a decorrer. Durante essas duas semanas toda a gente fala disso, mas não existe um apoio histérico. Talvez existisse antes de vencermos. Depois de isso acontecer, as pessoas acalmaram-se". Relembre que a Eurovisão, no país, é transmitida entre as 00h00 e as 03h30 da madrugada.


As delegações azeri e portuguesa ficaram hospedadas no mesmo hotel, contudo, Salvador Sobral e Dihaj nunca se cruzaram. "Não conheci o Salvador Sobral. Ele era como eu, estava sempre no quarto, não íamos às festas. Mas conheci membros da delegação portuguesa. Lembro-me que no dia da final, no elevador, alguém escreveu no espelho «Boa sorte Portugal e Azerbaijão»", recorda com um sorriso. 

'Amar Pelos Dois' era um dos seus temas favoritos, juntamente com City Lights: "Gostei muito da canção portuguesa. Era a canção! Entre muita loucura eurovisiva, tomou o lugar que merecia. Imagino as pessoas a verem televisão, era só luzes, fogo e depois vem o Salvador com aquela intimidade. Deixou uma impressão".

'Skeletons' recebeu 12 pontos dos jurados portugueses e Dihaj não esconde a sua satisfação. "Sinto-me muito feliz por ter sido a favorita do júri português. Acho que é até por isso que cá estou (risos). Do que me lembro o júri português nem costuma dar muitos pontos ao Azerbaijão, pelo menos não 12, por isso é uma boa sensação". Informámos ainda a cantora que venceu as categorias de Melhor Videoclipe e Melhor Palco nos ESCPortugal Awards e Dihaj quis deixar umas palavras a todos os que votaram nela: "Obrigada pessoal! Obrigada por terem entendido o que aconteceu no videoclipe e em palco, deve ter sido por isso que votaram em mim".

Sobre o futuro, o álbum de estreia de Dihaj está quase a ver a luz do dia. "No futuro muito muito próximo podem esperar pelo nosso álbum de estreia, que sai já a 14 de julho em todas as plataformas digitais. Espero que o ouçam e, se gostarem, o comprem. O álbum chama-se 'The End of Sunrise', tem 9 músicas e todas as músicas são compostas pelo grupo. É um álbum de pop experimental, melancólico mas sempre com uma mensagem de esperança".


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Fonte: ESCPortugal / Imagem: ESCPortugal / Vídeo: YOUTUBE - FACEBOOK 
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  1. Anónimo00:41

    "Os cantores de apoio trabalham muito mais que o cantor principal"
    Realmente em 2016 com a Samra claro que trabalhavam mais ela nem voz tinha...

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