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[ZONA DE DISCOS #68] Cher - "Dancing Queen"


Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. 
Hoje, abrimos uma execeção na premissa deste espaço e ouvimos uma artista que nada tem que ver com a Eurovisão mas que recentemente lançou um álbum de versões do maior nome algum vez produzido pela Eurovisão, ABBA. Falamos de "Dancing Queen", de Cher.
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.


Lançamento: 28 de setembro de 2018
Nota: 4/10
“Mamma Mia! Here We Go Again”  é a bem sucedida segunda parte do filme musical “Mamma Mia” (2008) que, entre outras novidades, juntou ao elenco uma das vozes mais conhecidas da música pop dos últimos 50 anos, Cher. Do filme a um álbum de versões dos ABBA parece-nos um passo natural, mas demasiadamente espontâneo, irreflectido e sem um esboço preliminar sobre o que seria “Dancing Queen”.
Será legítimo afirmar que o único intuito seria a produção de um disco despreocupado, sem grande investimento de produção e que vivesse essencialmente à boleia da voz inconfundível de Cher e do sucesso de “Mamma Mia 2”. Para extremo júbilo da Warner Bros. Records, e sem grande esforço, o disco foi catapultado para um sucesso comercial imediato (#9 em Portugal), sucesso esse que deverá revigorar nas próximas semanas que antecedem  o Natal.
Cher surge apoiada por Mark Taylor – um dos grandes responsáveis pelo seu renascimento musical em 1998, “Believe” – e perante uma produção mediana oferece um disco para entreter. É certo que nem todos os discos, e nem todas as músicas, têm de ter um alto teor erudito, mas este podia e devia ser um registo mais marcante e não soar a um instrumental de karaoke, sensação essa despertada logo nos minutos iniciais de “Dancing Queen”, juntando-se o “efeito Cher” em "Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)" (#2), passando por uma versão completamente dispensável de “The Name of the Game” (#3).
Mas há surpresas agradáveis, como são os caso da versão de “Waterloo” (#5), acrescentando-lhe um toque revivalista com uma certa pujança instrumental, sem desvirtuar em nada o clássico eurovisivo, e  a incrível versão de “One of us” (#10). Contudo, a maioria do disco mais se assemelha a um ultrapassado disco de Dansband – “Mamma Mia” (#6) ou uma sonoridade Schlager do início do século XXI – “The Winner takes it All” (#9).
De um modo geral, “Dancing Queen” parece-nos ser a rentabilização de um entusiasmo – pelo filme “Mamma Mia 2” – tendo Cher feito o seu trabalho de casa apenas a partir do resumo dos ABBA, o mesmo é dizer, através do legendário e comercialmente atual “Gold: Greatest Hits” (originalmente de 1992). Sem surpresa, o entusiasmo teve um efeito global, com estreias assinaláveis nos maiores mercados mundiais: #3 nos EUA, #2 no RU, #5 na Alemanha, #2 na Espanha…..
“Dancing Queen” é mais uma obra que imortaliza, numa primeira instância, os ABBA, e, por consequência, o Concurso Eurovisão da Canção, sem bem que não é o melhor tributo de sempre….  A meses de completar 20 anos, “The ABBA Generation” dos ABBA TEENS (ou ATEENS) continua a ser muito mais interessante, com “Super Trouper”, “One of Us” e “Our last Summer” a servirem de ótimos cartões de redescoberta.
               
Temas promocionais
"GIMME! GIMME! GIMME! (A Man After Midnight)”

“SOS”

“One of Us”

Temas destacados por Carlos Carvalho: “One of Us” e “Waterloo”


Alinhamento
Dancing Queen
Gimme! Gimme! Gimme!
The Name of the Game
SOS
Waterloo
Mamma Mia
Chiquitita
Fernando
The Winner takes it All
One of Us

A ver
Cher Announces Her New 2018 Album Of Abba Covers ('Dancing Queen')


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Fonte: OPINIÃO CARLOS CARVALHO / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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