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Itália: Luísa Sobral rejeitou convite para participar no 'Festival de Sanremo 2018'


Em entrevista ao Observador, Luísa Sobral, compositora vencedora do Festival Eurovisão 2017, falou sobre a edição deste ano do evento internacional, revelando ter rejeitado um convite para participar no Festival de Sanremo 2018.


Em promoção ao seu mais recente álbum, "Rosa", Luísa Sobral, compositora vencedora do Festival da Canção 2017 e do Festival Eurovisão 2017, esteve à conversa com o Observador, abordando diversos temas, entre eles, as participações no concurso que levou o irmão Salvador a conquistar um triunfo inédito para Portugal. Questionada sobre a possibilidade de ter equacionado interpretar "Amar Pelos Dois", Luísa Sobral foi direta:  "Não, não. Sinceramente, não tive coragem — e ainda bem que não tive coragem.  (...) Nem levei aquilo como competição, tenho uma aversão enorme a competições desde que participei nos “Ídolos”. Também senti que estava numa fase da minha carreira em que não queria ser posta à prova dessa forma, não queria ter de me comparar com outras pessoas, senti que poderia até nem ser benéfico para mim, porque se corresse bem, boa, se corresse mal era muito chato para a minha carreira. Ou não, mas poderia ser.", elogiando a "coragem" dos compositores que deram voz às suas criações no concurso, "Lembro-me que na nossa gala a Márcia ia cantar sozinha e recordo-me de pensar: que coragem, eu nunca faria isto.".

Garantindo que "tenho quase a certeza que se tivesse sido eu [a cantar] tínhamos perdido", Luísa recordou como "horrível" a sua passagem no Festival da Canção deste ano como jurada, elogiando a canção vencedora: "A Cláudia [Pascoal] cantou super bem. Se era uma canção para ficar em primeiro… também não é a minha canção preferida de sempre, mas era uma canção bonita. Para primeiro não sei, mas último não merecia, mesmo. Acho que as pessoas pensaram que como tínhamos ganho no ano anterior, estava feito, não votaram em Portugal. Voltou um bocado ao que era antes, em que ninguém se lembrava de votar em Portugal." frisou, lamentando a classificação alcançada no concurso no certame internacional, "não foi fácil ir depois de nós, não porque fôssemos muito bons, mas porque não é fácil ir depois de uma coisa que revolucionou um pouco aquilo. Ainda para mais sendo em Portugal, parecia que havia uma carga maior. Não mereciam mesmo o último lugar, a canção era muito bonita e a maior parte das canções são horríveis, ainda por cima. Fiquei um bocado triste por elas, que são as duas muito queridas, e pela canção, que não merecia."

Descartando um regresso ao Festival Eurovisão, "espero nunca mais lá ir, é-me indiferente", Luísa Sobral garantiu que "Eu sabia que não ia mudar nada. O meu irmão achava que sim, porque o meu irmão acha que pode mudar o mundo.", revelando que foi convidada para participar no Festival de Sanremo 2018: "Ainda este ano fui convidada para participar com uma cantora italiana, porque escrevi uma canção em italiano e fui convidada para participar no concurso de Itália que leva à Eurovisão. «Não, não quero mais!»".

Aceda AQUI à entrevista na íntegra.


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Fonte: Observador / Imagem: Google / Vídeo: RTP

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  1. Só lendo a entrevista na integra se consegue perceber o que Luísa Sobral quer dizer mas dos excertos apresentados os comentários sobre o ESC são de uma acidez difícil de entender...
    Recusar-se a participar em SanRemo? Que sobranceria...

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    1. Anónimo18:17

      Li a entrevista completa e penso que ela claramente não percebeu o que é o Sanremo. Pensou que era apenas uma final nacional para a Eurovisão como as outras.

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  2. Anónimo19:32

    Parece-me natural que uma artista consagrada não queira voltar a entrar em competições, mesmo que essa competição seja Sanremo.

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    1. Anónimo22:12

      Mas ela não estaria a competir diretamente, participaria apenas como convidada na noite de duetos

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    2. Anónimo23:22

      Por o que diz na entrevista, ela foi convidada a participar como concorrente e não como special guest

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  3. Anónimo20:47

    San Remo é muito, muito mais do que a plataforma de escolha da canção italiana para o ESC. Por muito que possa custar a perceber noutros países, tem sido, ao longo de décadas, palco de manifestações sociais, políticas (e também musicais, claro), além que a RAI não obriga intérprete e vencedores a estarem no ESC (2016 é apenas um exemplo, recente). Posso enganar-me (e oxalá que sim, porque não desejo nada de mal a estes dois irmãos), mas algo me diz que um dia virá em que lamentarão que a sua música vá, progressivamente, chegando a cada vez menos pessoas.

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    1. Anónimo21:40

      Na mesma entrevista diz que não quer ser grande em lado qualquer

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    2. Anónimo21:49

      Olhe que não. O melhor que eles têm a fazer é manterem-se fieis à sua própria identidade musical. O Salvador tem enchido os maiores teatros de Espanha com um público que não tem nada a ver com o público eurovisivo (é mais maduro, na faixa etária dos 40 anos e não segue a pop mainstream). Tem sistematicamente conquistado os elogios mais rasgados da imprensa espanhola, justamente pela sua identidade musical, que embora não renunciando completamente ao pop (na verdade o repertório inclui várias canções pop), está nos antípodas da Eurovisão.

      A Luísa é uma cantautora com uma carreira firmada e um público próprio. Seria um erro voltar a sujeitar-se a um concurso ou competição relacionada com a Eurovisão, tão pouco tempo depois. Como em tudo na vida, é importante saber dizer "não", mais até do que dizer "sim". Há que saber a hora certa.

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    3. Anónimo02:54

      Sim, os palcos da Espanha são, de facto, o mundo! Minha nossa...

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    4. Anónimo16:15

      Olhe, anónimo das 02:45, além de estar a percorrer as maiores cidades de Espanha, com teatros invariavelmente esgotados, o Salvador Sobral tem também vários concertos para 2019, nalgumas das maiores salas da Alemanha, Suiça, Lituânia, Estónia, Polónia, entre outros. Não pôde fazer a digressão antes, por motivos óbvios.
      Além dos concertos em nome próprio, tem ainda outros concertos agendados com bandas paralelas de rock (Alexander Search), indie (Noko Woi) e boleros (Alma Nuestra). Se isso não é chegar a vários públicos, não sei o que seja.

      A Luísa há muito que tem uma carreira internacional, com concertos em vários países. Muito antes da Eurovisão, aliás.

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    5. Anónimo04:32

      Está a percorrer uns palcos la fora, daqui a uns anos falamos...

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  4. Anónimo21:47

    Sempre ouvi dizer que nunca digas nunca... ela sabe lá o futuro. Pode acontecer alguém amigo lhe pedir para escrever uma canção para cantar no festival da canção e ela vai recusar?!

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  5. Anónimo02:57

    Renegar dois festivais que lhe troxeram sucesso é triste. APD foi uma cançao maravilhosa mas se não tivesse existido e sido eurovisiva, se calhar não muitos iriam ouvir as suas outras canções, algumas delas um pouco ronhonhó...

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    1. Anónimo16:19

      Quem acha as canções da Luísa Sobral "ronhonhó" também não gostou de "Amar pelos dois".

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  6. Anónimo04:27

    Que arrogância. Não gosto nada dessa atitude...

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