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[ESPECIAL] Portugal chora a partida de Maria Guinot


De Júlio Isidro a Manuela Bravo e de Maria Rueff à Câmara Municipal de Lisboa, muitas foram as personalidades e as entidades que expressaram, nas redes sociais, o seu pesar pelo desaparecimento de Maria Guinot.


Vencedora do Festival da Canção de 1984, "depois de vários anos a sonhar com uma vitória", Maria Guinot deixou a vida terrena, ontem, aos 73 anos de idade, padecendo vítima de infecção respiratória. Com a cremação do corpo da cantora e compositora agendada para amanhã, 5 de novembro, muitos têm sido os artistas e as entidades que recorreram às redes sociais para recordar a vida e a carreira da primeira compositora a representar Portugal na Eurovisão, dando voz ao seu tema, "pois não queria ir cantar coisas dos homens".

O ESCPORTUGAL recolheu alguns testemunhos deixados nas redes sociais:

Adolfo Mesquista Nunes (vice-presidente do CDS)

Augusto Madureira (ESC2010)

Carlos Coelho (ESC2008/2012)

Câmara Municipal de Lisboa

Herman José (FC1983)


Jorge Gabriel (FC2015/2017/2018)

Júlio Isidro (FC1991/2015/2017/2018)

"MAIS UM SILÊNCIO....
... e cada vez menos gente do meu tempo.
Agora , a Maria Guinot um exemplo de talento ao serviço de ideais de um mundo mais rico de sentimentos e valores.
A Maria amava a música e fazia das palavras uma forma de amor colectivo.
A cantora que foi sempre amadora na arte de amar a música, entrou em casa de todos nós em 81 quando o festival era a grande sala do nosso convívio. Cantou "Um adeus e um recomeço" , título que antecipava o começo da sua relação connosco.
Que prazer tive quando a apresentei no único Festival da Rádio Comercial para cantar "Falar só por falar". 
A Maria não cantava só por cantar e não vivia só por viver. A Maria não desperdiçava as palavras em ideias vazias ou versos de rima inútil.
Em 1984 foi protagonista de um Festival em que ganhou duas vezes.: Com a canção "Silêncio e tanta gente" e com o seu gesto solidário para com os músicos em greve, acompanhando-se só ao piano.
A Maria Guinot passou por vários programas meus e, se lá foi, era porque não desgostava do que eu fazia em televisão e ,creio que até gostava de mim.
Se assim não fosse, a sua coerência bastava para me dizer... não.
Que dizer de alguém que escreve e canta uma"Homenagem às mães da Praça de Maio" as mulheres que saíram à rua para exigirem saber dos filhos desaparecidos nos anos de terror da Argentina?
Como aplaudir a canção "Esta palavra mulher" quando assumiu a crítica a bancos que excluíam mulheres, a também sua luta pela dignificação da cultura?
Lembro-me de a ouvir dizer que só faria os espectáculos onde se sentisse feliz a cantar o que gostava de cantar.
Maria Guinot não ganhou a fama e não se deixou embalar pela popularidade que dá frutos a curto prazo.
Ganhou o nosso, o meu, reconhecimento por aqui que nos deu em dignidade e respeito.
A cantar também se pode e deve revelar o nosso amor pela gente que nos rodeia. Mesmo que em silêncio.
Recordo a sua canção"Tudo passa". Quase tudo, querida Maria, menos a memória de uma artista. que começou com um adeus e que parte com um recomeço.
Um abraço e um beijinho Maria Guinot."

Luís Sousa (ESC2008)

Manuela Bravo (ESC1979)

Maria Rueff (atriz)

Noémia Costa (atriz)

Nucha (ESC1990)

Nuno Feist (FC85/95/07/08/10/11/12/14/15/17)


Pedro Granger (FC2012/ESC2018)

Valentina Torres (FC1983)



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Fonte: ESCPORTUGAL / Imagem: Google / Vídeo: RTP
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  1. Anónimo21:47

    O Adolfo Mesquita Nunes não é deputado do cds

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  2. Anónimo16:38

    A amostra feita pelo ESCPortugal (agradeço desde já tanto esforço e dedicação pelo Amor à Música!), confirma o que vai na maior parte das cabeças portuguesas - figuras públicas e anónimas, - em que editoras, rádios, televisões e jornais, rejeitaram e ignoraram o trabalho desta Senhora, a primeira cantora que venceu o FC com uma composição sua (a primeira mulher a ter a ousadia de cantar uma composição sua no FC foi a Dina, em 1980). Desde 1997 até 2016 as compositoras de Portugal foram caladas pela RTP. O corpo físico da Maria Guinot à esta hora quiçá já desapareceu. Continuará a haver 'muita gente', mas 'silêncio, esse, é que não vai haver. A Obra de Maria Guinot, mais tarde ou mais cedo (em Portugal é tudo para mais tarde, infelizmente), vai ser (re)descoberta e mostrada ao grande público. Até sempre, Maria Guinot! Namasté.

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  3. Subscrevo as palavras de apreço e reconhecimento à Maria Guinot...pena que ao grande público só tenha chegado o Silêncio e tanta gente, que pela sua qualidade acima da média já é relevante
    Recordo-me que no ESC84 a Alemanha considerou a sua canção a d emaior qualidade de todo o Festival. Pena não ter correspondido com 12 pontos...

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  4. ..."pois não queria ir cantar coisas dos homens".
    uma pena este desabafo, no melhor pano cai a nódoa...

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