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[ZONA DE DISCOS #53] Emmelie de Forest - "History"


Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. Hoje o destaque vai para o segundo álbum de Emmelie de Forest.
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.




Lançamento: 09 de fevereiro de 2018
Nota: 6,5/10

       Em 2013, aquando do lançamento do álbum “Only Teardrops", escrevi o seguinte (para o “Eurovision on Top” e “OGAE PT Magazine”):
“O disco, mais do que apresentar uma série de boas canções, representa um esforço coeso, marcando uma estreia simpática, mas que não nos dá qualquer indicação acerca do futuro artístico de Emmelie.”

 Estranhamente, essa minha impressão ganhou um outro realismo quando, em finais de 2015, Emmelie de Forest deixa, por iniciativa própria, a Universal Music Denmark, explicando, nas suas redes sociais, o motivo de tal decisão.
“When you're working with publishers, managements and labels, a lot of people have to agree and be happy. And sometimes the artists opinion is the least important one in those peoples eyes. So I decided to make myself happy first and foremost and write songs that I really love.”

Já um pouco antes, Emmelie dava sinais de querer mudar, lançando vídeos de canções que estavam longe do imaginário da vitoriosa princesa descalça em Malmö, fazendo-se quase sempre acompanhar de uma guitarra, mudando o visual e interpretando canções como “Smells Like Teen Spirit” dos Nirvana (vale a pena ouvir e ver). Pessoalmente, as minhas expectativas, em relação ao futuro de Emmelie, subiram, principalmente se atendermos ao facto  de que nunca embarquei na euforia de “Teardrops”, embora defenda que foi uma vitória justa, nem que seja pelo facto de ter sido, desde o início, a grande favorita.  Contudo, o receio voltou aquando do seu envolvimento em “Never Give Up on You” (Reino Unido, 2017) e eis que “History”, o novo álbum deixa-nos com a sensação de saber a pouco.

É verdade que há no novo disco um carimbo mais atrevido, mais experimental, mas no geral, muito tímido para as altas expectativas que Emmelie lançou (ou que criámos?). Provavelmente, a própria artista teve medo em dar uma volta de 180º graus, como se pode depreender pela  sua publicação no dia do lançamento de “Hystory” (09 de fevereiro de 2018).
“I was curious on how reactions would be to songs like #GoingGhost and #Rabbit, since I've allowed myself to experiment more on this album and especially those 2 songs are very different from the stuff I wrote a few years ago!”.

Por este facto, pela coragem de dizer não a uma multinacional, pela coragem de dizer não a um sucesso garantindo em detrimento da realização pessoal e artística, pela coragem em assumir o risco e pela vontade de crescer, temos de lhe dar o mérito - ainda há gente com valores! -, e estamos convictos de que “History” é apenas o primeiro passo.

“History” é pop, com uma vertente moderadamente experimental. Esperava-se algo mais radical e negro, como a versão de “Hunting high and low” (dos A-Ah) (#7), “Rabit” (#6) ou a bonita “History” (#2), mas este é bom (re)começo.

Vídeo oficiais
Sanctuary


History


Temas destacados por Carlos Carvalho: “History”; “Rabbit” e “Hunting high and low”

Rabbit

Hunting High and Low (A-ha cover)


Alinhamento
Sancturay
History
Any Less
Who loves you
Going ghost
Rabbit
Hunting high and low


A ver
Emmelie de Forest - Only Teardrops (Omnichord version)


Emmelie de Forest - Never Give Up On You


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Fonte: OPINIÃO CARLOS CARVALHO / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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  1. Anónimo23:59

    Em Portugal também temos um artista que disse não à Universal. Mesmo sabendo que esse grupo faria as suas músicas passarem na rádio.

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    Respostas
    1. Anónimo18:53

      Salvador Sobral? Ele disse na imprensa espanhola que rejeitou Universal porque não quiseram promover "Excuse me" quando foi lançado

      Eliminar
  2. Anónimo16:10

    Tenho-me perguntado o que aconteceu com a Emmelie de Forest, dentro dos vencedores dos últimos anos parece ser a que mais foi esquecida pelo público eurovisivo.
    Obrigado pelo artigo :)

    ResponderEliminar

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