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[VÍDEO] Portugal: Luís Figueiredo explica cientificamente a estrutura de "Amar Pelos Dois"

O canal de YouTube HelloLillyTV dedicou alguns vídeos à vitória de Salvador Sobral no Eurovision Song Contest. Num dos vídeos, Luís Figueiredo explica a estrutura da canção e porque se distingue da música pop feita atualmente.


O canal de YouTube HelloLillyTV dedicou alguns vídeos à canção Amar Pelos Dois, com a qual Salvador Sobral venceu o Festival Eurovisão da Canção de 2017. Num desses vídeos, foi entrevistado Luís Figueiredo, responsável pelos arranjos, que explicou a estrutura da canção e porque se distingue da música pop atualmente feita. Luís Figueiredo explica que a demo inicial feita por Luísa Sobral já tinha um sentimento retro associado e o arranjo final acabou por não incluir tambores, bateria, guitarras, samples de outros temas e eletricidade. 

A música pop feita atualmente segue maioritariamente o mesmo esquema: verso 1, refrão, verso 2, refrão, ponte e refrão final. Já Amar Pelos Dois tem uma introdução, verso 1 e 2, refrão, instrumental, refrão, ponte e cauda. Luís Figueiredo reiterou ainda que Amar Pelos Dois pode soar como uma canção simples mas é, na verdade, muito complexa. O piano serve para dar ritmo à música e está presente em praticamente toda a canção, com exceção de uma parte onde as cordas o substituem. Existem ainda algumas partes, chamadas "fermata", onde se ouve apenas a voz e as cordas que servem para deixar o cantor e a música respirarem antes de se iniciar uma nova fase da música. 


Num outro vídeo, a responsável pelo canal, que é portuguesa, tentou ainda perceber e explicar a apresentação em palco levada a cabo na grande final do Festival da Canção. Amar Pelos Dois distingue-se de praticamente todos as canções por pedir planos de câmara mais estáticos e com menos cortes.


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Fonte e Vídeos: HelloLillyTV / Imagem: Eurovision.tv
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  1. Anónimo18:36

    E eu que julgava que música real era feita com sentimento, afinal é um produto de matemática musical... e estratégia de staging... como todas as outras... :P

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    1. Anónimo09:16

      Fosse o que fosse haveria sempre alguém a procurar razões para criticar.

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    2. Anónimo19:15

      A música real, neste caso, nasceu da inspiração da Luísa Sobral. A partir daí era preciso vesti-la com instrumentos que lhe dessem cor e força... Isso coube ao Luís Figueiredo mas a Luísa controlou todo o processo.

      Quanto à música fast food, a sua produção é informática: um algoritno combina excertos de canções e das dezenas de combinações, 2 ou 3 soam a agradável e vendável... Mas sempre deixando a sensação de déjá vu. Pois, pudera.

      Percebeu a diferença?

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    3. Anónimo20:45

      Bem se ouviu a entrevista ele explicou cientificamente o algoritmo que usou para a canção, que embora sendo diferente da música pop, não deixa apenas de ser um algoritmo. A inspiração da Luísa como ela própria explicou foi apenas fazer "uma canção bonita" inspirando-se tb em "excertos" de outras canções do cancioneiro americano e bossa nova, e ela própria revelou as influências da sua composição. Embora seja um algoritmo habitualmente menos utilizado não deixa de ser apenas um algoritmo musical que esteve por base da canção. Foi apenas um projecto que tinha por objectivo preciso um festival da canção. Acho que não é por acaso que o Salvador não pretende inclui-la nos seus albuns, porque até me parece que artisticamente tem muito pouco a ver com a maneira como se expressa musicalmente. Fast food vintage não deixa de ser apenas fast-food, e de deixar exatactamente a mesma sensação de deja-vú de dezenas de canções que eram hits nos anos 40 e 50. Mesmo o tema e a letra são apenas banais e vulgares, um apelo fácil ao sentimentalismo barato e à lágrima ao cantinho no olho que tanto agrada às massas e é popular. Fast food não tem a ver com o tipo de produção mas com o facto de não representar uma forma de expressão artística e de ser feito apenas por motivos comerciais ou com algum outro objectivo definido à partida. Produção informática, sonoridades electrónicas são uma evolução natural da música nos tempos da tecnologia, tal como o facto de o anónimo ter estado aqui às 19:15h a escrever as suas explicações online e não o ter feito na sua escrivaninha sob um papiro com caneta de pena!! ahahah Senão vá ouvir a produção informática no album dos Alexander Search, para perceber a diferença!! :P

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  2. Anónimo18:58

    O que interessa é que vencer...

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  3. Gostei muito da segunda parte do 1º vídeo sobre a produção industrializada de música pop

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  4. Anónimo das 10:36. Tudo é matemática.

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    1. Anónimo23:59

      E eu que julgava que aquilo que define a música "real" era ser feita de forma intuitiva traduzindo um estado emocional que o artista pretende exprimir musicalmente ... afinal é só matemática para preencher os cânones da "música diferente da produção pop industrializada", em que o que interessa é cumprir as regras musicais ensinadas pelos experts... Nem toda a música pop é "industrializada" e nem toda a música "real" é feita por paixão quando o que interessa é vencer, seguir a matemática e a receita adequada à situação.

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  5. Anónimo01:23

    É difícil de definir o que é a música "real" é o mesmo o que é perguntar a alguém o que é arte (arte visual). Eu não ouço música "pop", é tudo uma questão de ir mais além das músicas que a rádio me dispõem, e vou descobrindo sons diferentes que eu mais me identifico. Não concordo com o discurso vencedor do Salvador, mas não o condeno por isso, mas o resto da crítica dele poderia ter sido boa para as rádios, que fossem mais divergentes no que passam.
    Por um lado o que ele quer dizer com o "real" music pode ser entendido como música genuína sem ser feita a pensar na sua finalidade (ser música de rádio ou ganhar o festival). Mas não vamos por aí...
    Mas apesar disso Amar Pelos Dois tem uma estrutura boa, é uma canção que ao contrário de muitas, respira e tem um fabuloso solo de cordas, muito melhor do que ouvir hight notes. Quer dizer, eu pessoalmente prefiro ouvir instrumental do que hight notes.

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