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[Entrevista] Conheça Carlos Fernandes, o português a concurso na Roménia


O madeirense Carlos Fernandes é o compositor e letrista de «Hope», tema defendido por Alexandra Crăescu na final nacional da Roménia. O ESCPortugal esteve à conversa com o compositor e conta-lhe tudo.

O nome não deixa qualquer dúvida: Carlos Manuel De Abreu Fernandes é português e está a concurso na Roménia como autor e compositor de «Hope», tema semifinalista de Selecția Națională 2017. O ESCPortugal pôs mãos à obra e encontrou-o nas redes sociais, através da cantora Alexandra Crăescu.

Com 39 anos de idade, Carlos Fernandes é um dos muitos milhares de portugueses que deixou o país em busca de uma vida melhor: "Sou da ilha da Madeira e vivo e trabalho, como muitos portugueses, em Inglaterra", descrevendo-se como "um homem trabalhador e honesto que gosta muito de música (...) e claro, sou grande fã do Eurofestival".





Questionado sobre quando é que apareceu a música na sua vida, a resposta foi imediata: "A música sempre existiu na minha vida. Sempre gostei de ouvir música, mas assistir ao Festival Eurovisão todos os anos, à medida que fui crescendo, fez-me ganhar interesse por diferentes estilos de música e em diferentes línguas". Sobre as anteriores participações de Portugal, Carlos destaca «O meu coração Não tem Cor», «Penso em ti» e «Chamar a Música».

Contudo, o madeirense vai mais longe e recorda alguns temas que não venceram o Festival da Canção: "Gosto muito de «No Teu Poema», «Praia sem marés», «Em Segredo», «Plural»... Gosto de todas estas canções pela letra bem conseguida (algumas melhores que outras, claro) e pela melodia». Por sua vez, Carlos garante que a falta de bons resultados de Portugal não tem só uma causa: "Antes do televoto, acho que os jurados europeus nunca tiveram muita vontade de abraçar as canções portuguesas, porque houve anos em que merecíamos mais: 1984 é um claro exemplo! Depois do televoto, a realidade é que as nossas canções nunca foram suficientemente fortes para a competição..."

O gosto pelo Festival Eurovisão foi fulcral para a composição de «Hope», a sua quarta criação: "Como fã do concurso sempre sonhei em participar como letrista ou compositor... decidi este ano tentar na Roménia. Foi uma oportunidade dada pela abertura da televisão romena a compositores estrangeiros". Sobre o tema, descreve-o como "melodioso, doce e que fala dos momentos em que a vida corre menos bem... Fala da importância de acreditarmos na nossa força interior para ultrapassar esses momentos. É um tema de esperança".



"Não conheço a Alexandra Crăescu pessoalmente, mas ouvi-a cantar em gravações... Gostei muito da sua voz" revelou, confessando que o convite aconteceu nas redes sociais: "Contactei-a através do Facebook. Enviei-lhe a canção, ela gostou e aceitou logo. Fiquei muito feliz". Sobre a possibilidade de ir à Roménia, Carlos Fernandes disse que pondera ir se o tema conquistar o passaporte para a Grande Final.

Questionado sobre as anteriores composições, Carlos fecha-se em copas devido aos planos futuros: "Os outros temas ainda não viram a luz do dia... estão guardadas numa gaveta. Quem sabe, um dia, servirão para o Festival da Canção?".

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Fonte/Imagem: ESCPortugal / Vídeo: Youtube
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  1. Anónimo20:58

    Este hombre no va a poder volver a Portugal, ya que finalmente, frente al nacionalismo radical de los portugueses, alguien ha tenido el coraje de decir la verdad sobre el papel de Portugal en Eurovision. Por fin hay un portugués reconociendo que las canciones portuguesas para Eurovision nunca fueron suficientemente fuertes para la competición. Si los eurofans portugueses en primer lugar y el público portugués en segundo también reconocieran la triste realidad de su país, Portugal empezaría a llevar música con algo de calidad y conseguiría mejores resultados.

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    1. Anónimo22:15

      Não ganhas desde 1969, ano em que Portugal foi roubado a vitória.
      Eu tinha vergonha em comentar com os lugares que a Espanha tem todos os anos tendo o lugar assegurado na final.

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    2. Anónimo05:06

      OH espanholito, ate o nosso palco foi melhor que o vosso.
      No entanto concordo contigo, o juri portugues é corrupto e nao sabe escolher cançoes, mas o vosso tambem é!!! Fia-te na virgem e nao corras, antes nao passar da final do que passar diretamente e terminar nos ultimos lugares!!!

      Para o juri portugues e alguns portugueses tudo o que seja pop é pimbalhada, nao ha nada a fazer. Farto de melancolia estou eu...

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    3. Hermano das 20:58 - Estás a distorcer aquilo que ele disse... as críticas prendem-se essencialmente com o período de televoto no ESC: "Antes do televoto, acho que os jurados europeus nunca tiveram muita vontade de abraçar as canções portuguesas, porque houve anos em que merecíamos mais: 1984 é um claro exemplo! Depois do televoto, a realidade é que as nossas canções nunca foram suficientemente fortes para a competição..." (também eu, sendo Português e seguidor atento do certame há décadas, sou capaz de reconhecer que levamos más propostas, de qualidade duvidosa - todos os países já o fizeram, inclusive a Espanha - mas também levamos boa música que não foi devidamente reconhecida, alguma em anos bem recentes, como 2008-2010.

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  2. Anónimo05:08

    Sem ofensa mas pelo instrumental dá para ver que é de um portugues, musica fraquinha.

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  3. Interessante, critica as propostas que Portugal tem enviado nos últimos anos (nalguns casos terá razão) mas a proposta que apresenta não é, na minha opinião, nada de especial. Enfim...

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  4. Anónimo21:55

    Mas o que ele compôs será melhor do que "Sobe, Balão Sobe?" ou do que "Dança Comigo"? Ou do que... Continuem a lista... Hehehe

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  5. Anónimo22:43

    É necessário que a minha proposta seja algo de especial para que as minhas críticas sejam válidas? Eu não estou a concorrer ao Festival da Canção com "Hope"!...

    O gosto pelo Festival Eurovisão NÃO foi fulcral para a composição de "Hope" como refere o autor do artigo- não foi isso que eu lhe disse. Portanto, "Hope" não foi escrita a pensar no Eurofestival. Aconteceu que eu simplesmente decidi enviar esta canção à selecção da Roménia. Vários participantes no Eurofestival compuseram canções por gosto próprio, sem pensar no formato Eurofestival... Aconteceu no passado e, com certeza, acontecerá por muitas mais vezes no futuro. E isso não significa necessariamente um mau resultado no respectivo concurso...

    Carlos Fernandes

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    1. Caro Carlos, pode tecer as críticas que entender mas, na minha opinião, não lhe ficou bem. Era como se eu, na minha qualidade de profissional em determinada área, criticasse os meus colegas por algo que fizeram sem que eu tenha feito melhor.
      Numa coisa estamos de acordo: a magnífica canção da Maria Guinot (uma das minhas preferidas propostas portuguesas ao ESC) foi tremendamente injustiçada.
      Desejo-lhe, contudo, as maiores felicidades na sua participação na selecção romena e, esperando que a RTP tome a decisão certa de abrir o festival a todos os compositores, em futuras edições do FdC.

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    2. Ah, e concordo na íntegra com o que refere no seu parágrafo final.
      Boa sorte!

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    3. Anónimo02:10

      Caro Nuno,
      Foi-me colocada a seguinte questão "E na eurovisão, porque achas que temos falhado os bons resultados?" A minha resposta, que não foi crítica, a minha opinião sincera (sem quaisquer más intenções) não foi baseada nos trabalhos em geral de cada compositor ou autor que já participou no Eurofestival a representar Portugal. Foi baseada apenas numa única canção. Portanto, creio que não haverá razão para que os autores e compositores dos temas em questão se possam sentir ofendidos com o meu comentário! Lamento que o Nuno tenha interpretado o meu comentário de uma forma negativa.

      Obrigado pelos votos de felicidades e boa sorte!

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    4. Caro Carlos,
      Entendi o seu ponto de vista (não são poucos os casos de compositores com provas dadas chegarem ao FdC e apresentarem propostas que ficam aquém do que deles esperávamos, face ao seu trabalho - o FdC2017 tem sido pródigo nesse sentido).
      Agradeço o seu cuidado em prestar este esclarecimento. Lamento, então, que tenha julgado de forma errada o seu comentário.
      Mas mantenho opinião de que houve anos, já com o sistema de televoto em vigor, em que fomos nitidamente injustiçados ou indevidamente apreciados, casos de 1998, 2003 (soberba prestação da Rita Guerra), 2008 (foi uma pena o sistema actual 50%-50% ainda não estar em vigor; creio que o resultado final seria muito diferente!), 2009 e 2010.
      Como reza a sabedoria popular: "a falar é que a gente se entende"! Obrigado pela interessante e proveitosa troca de opiniões.

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    5. Anónimo19:18

      Obrigado!

      Carlos Fernandes

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