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São Marino: Chefe de delegação afirma que novo sistema de votação prejudica os pequenos países

O novo sistema de votação do Festival Eurovisão não é do agrado dos pequenos países que se dizem prejudicados. Quem o afirma é o chefe de delegação de São Marino, Alessandro Capicchioni.


Quando o novo sistema de votação do Festival Eurovisão da Canção foi introduzido, a UER/EBU reservou o direito de poder usar pontos inventados caso um país não tivesse uma votação de televoto ou júri válida. Nestes casos, a solução passaria por usar o júri ou o televoto, consoante o caso, de outros cinco a seis países, e fazer a média dos 10 países mais votados por eles. Esses 10 países seriam aqueles que receberiam pontos do país que teve a votação inválida. Foi o que aconteceu este ano com São Marino: o país não teve televoto suficiente e então, a UER/EBU inventou o voto, tal como publicámos AQUI


Em entrevista ao site janela.esc, o chefe de delegação da televisão de São Marino não teve papas na língua: "O novo sistema de votação discrimina totalmente os pequenos países, já que não os permite dar 100% de seus votos", afirmou Alessandro Capicchioni, que vai mais longe: "A mudança no sistema de votação foi decidida sem que nós tenhamos sido avisados". Este responsável, contudo, aponta algumas vantagens: "De um ponto de vista técnico, podemos finalmente dizer que chegamos a uma peso verdadeiramente igual entre júri e televoto. Agora é mesmo 50% para cada.Na grande final de 2014, o televoto italiano deu 5 pontos para São Marino, mas o júri italiano nos colocou em 26º, isso é dizer últimos, então o voto final foi zero. Com o novo sistema, teríamos ganho alguns pontos de qualquer forma".

São Marino irá propor um novo sistema de votação, sobretudo para aqueles países que não têm televoto como este: "Está claro que o que se chama ‘televoto nacional’ nas regras oficiais não é mais algo válido. Não faço ideia de como esses votos poderiam representar o gosto dos telespectadores de São Marino e acho que ninguém saberá até que os telespectadores de São Marino possam expressar suas preferências. Agora mesmo, estamos estudando uma proposta para melhorar essa situação miserável e iremos enviá-la à EBU. Acho que duplicar o voto de nosso júri seria totalmente errado com esse novo sistema".

Em resposta ao facto de, uma vez mais, este país ter falhado a final da Eurovisão, Capicchioni afirma: "Tentámos colocar no palco um ato que fosse um equilíbrio entre o gosto dos jurados e dos telespectadores, não sabemos o que faltou. Mas se olharmos a fundo para o voto do júri, você notará que um grupo de países da semifinal 1 votou exclusivamente neles mesmos, deixando os ‘outros’ países do lado direito da tabela. São Marino não fazia parte deste grupo, então as respostas para a sua questão podem ser muitas e diferentes. E não estou falando artisticamente".

São Marino participou no Festival Eurovisão 2016 com o cantor Serhat. Com a canção "I didn't know" falhou o apuramento para a final, considerando o 12.º lugar na semifinal 1. Recorde esta atuação:




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Fonte: JANELA ESC/ Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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  1. Anónimo20:04

    poupem-me, se nao há televoto nesse pais que nao participem!!

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    1. Anónimo20:48

      A questão não é não existir televoto, mas não haver chamadas suficientes, algo que não pode prever-se antes da noite da votação. Não há uma operadora móvel nacional (operam as italianas), mas há telefones de rede fixa e esses permitem ver se quem liga mora no país ou não. Só que as pessoas não podem ser obrigadas a votar...

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  2. Anónimo20:18

    Foi sensato nas suas declarações (o novo sistema, embora tendo funcionado, deveria ter sido comunicado às delegações participantes antes) e tem razão quanto ao facto de ser pouco linear a escolha dos países cuja votação servirá de padrão ao resultado do televoto de S. Marino. No fundo por que hão de desprezar-se as chamadas feitas por rede fixa, mesmo que poucas? Quanto a "manigâncias" de votação entre países, convenhamos que a escolha de um intérprete turco tinha como objetivo primordial captar votos da diáspora turca (até a bandeira da Turquia se via na mesa da delegação no "green room"). Bom, mas se outros compram canções a suecos e americanos...

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  3. Pedro Carvalho20:44

    Estou sempre solidário com os países pequenos, até porque Portugal, apesar de não ser tão pequeno, é considerado como tal para muitos outros paises e pessoas

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    1. Anónimo21:16

      "(...)Portugal, apesar de não ser tão pequeno, é considerado como tal para muitos outros paises e pessoas"

      Concordo!

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  4. Anónimo20:47

    A qualidade do ESC está tão alta, que é muito dificil canções medias passarem à final

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  5. Melhor fazer marcha atras.So televoto e como medida de precauçao em cada pais um grupo de jurados ,caso o televoto por uma razao ou outra falhasse.Hm,a Ucrania ate podia querer competir nao so com a Russia ,mas tambem com a Suecia e fazer umas"retrodesinovaçoezinhas".

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    1. Anónimo22:38

      Só televoto também no FC, claro. Que pena não ter acontecido em 2009! Quanto ao ESC, só televoto, claro! E em 2017 a França dá 12 pontos à Arménia, Chipre entrega-os à Grécia, a Roménia à Moldávia, a Grécia a Chipre, a Irlanda à Lituânia, a Moldávia à Roménia, a regressada Turquia (adepta unicamente do televoto) ao Azerbaijão, o Azerbaijão à regressada Turquia... E assim se ajuda a Ucrânia, organizando já parte do quadro de votações...

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    2. 22:38-Eu nao sou adepto do televoto por motivos tacticos e/ou pessoais,mas sim por uma questao de democracia.Alias o meu gosto pessoal geralmente aproxima-se muito mais do dos juris do que do televoto.Creio haver muita facilidade em comprar votos junto dos juris.

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    3. 22:38 - Deverias saber,que as votaçoes repetidamente direcionadas entre determinados paises e algo que ja vem de longe,muito antes de se sonhar sequer com televoto.O ESC nao começou em 1997 ,ano em que se iniciou parcialmente o televoto.

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    4. Anónimo14:33

      RG (22.38): Sem dúvida que mesmo quando só havia júris os países nórdicos se "apoiavam", tal como Portugal e Espanha ou os países francófonos, mas nunca as votações eram iguais de ano para ano como depois do televoto em relação a vários países. Em 1965 Luxemburgo levou intérprete e autor franceses e nem um voto teve da França; em 1977 a França ganhou e teve 4 pontos do Mónaco, o que não é muito; em 1989 Portugal recebeu 8 da Espanha e não retribuiu com um único; em 1995 a Noruega ganhou e só teve 2 pontos da Dinamarca e nenhum da Suécia. Mas desde a introdução do televoto certos resultados (não todos, claro) repetem-se todos os anos. Desde há quantos anos os 12 do televoto francês vão para a Arménia ou os 12 da Moldávia para a Roménia?

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    5. 14:33 - Verdade o que dizes,mas tambem os 12 da Grecia para Chipre e viceversa eram regra antes do televoto,bem como uma certa tendencia de voto entre Turquia e Bosnia.A diaspora e um facto nao so na Europa como no Mundo,e no ESC porque razao os votos dos cidadaos da diaspora teriam de ser menos validos?!Uma questao de igualdade e democracia,acho eu. :)

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    6. 14:33 - Muito sucinta e simplesmente falando,eu nao aceito que o "parecer"de umas centenas de pessoas,os juris,tenha o mesmo peso e valor que o "parecer" e opiniao de centenas de milhar,quiça milhoes de televotos.

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